Medula Espinal

  Ribeiro, L.F.C.; De Quadros, Â.A.G.; Lima, B.; Brancalhão, R.M.C.; Kunz, R.I.¹

  A medula espinal é uma estrutura continua com o bulbo e não existe uma linha de demarcação nítida entre tais estruturas. A medula fica envolta pelas meninges dura-máter, aracnoide-máter e pia-máter, localizados no interior do canal vertebral. Seu limite inferior se dá ao nível da segunda vértebra lombar (L2) em forma de um cone medular. Essa porção do SNC é a que menos sofreu modificações durante o desenvolvimento.

 

  Representa o principal centro coordenador dos reflexos motores e via de condução de informações entre o corpo e o encéfalo, é responsável pelas respostas rápidas e automáticas. É uma estrutura cilíndrica, ligeiramente achatada anterior e posteriormente e, no adulto, mede aproximadamente 45 cm.

  Diferentemente do cérebro, a substância cinzenta ocupa o centro da medula espinal e forma uma estrutura que lembra a letra "H", com regiões denominadas de cornos ou colunas anterior e posterior. No segmento torácico da medula espinal, está presente o corno lateral, relacionado ao Sistema Nervoso Autônomo e à motricidade visceral. O corno posterior é ocupado pelos axônios dos neurônios sensoriais, neurônios de associação e células gliais. Funcionalmente, se relaciona à motricidade somática. O corno anterior é ocupado pelos neurônios motores e pelas células da glia.

  No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula espinal, resquício da luz do tubo neural. E envolvendo a substância cinzenta, perifericamente está a branca, constituída principalmente por axônios mielinizados. Em toda sua extensão, os axônios são agrupados em feixes denominados de funículos, existindo o anterior, o lateral e o posterior, que constituem as grandes vias que conduzem estímulos em direção ao encéfalo (vias ascendentes) e do encéfalo para a medula espinal (vias descendentes), além das vias de associação que integram diferentes níveis da medula espinal.

  Vale lembrar que os axônios dos neurônios da medula espinhal são mielinizados por células da glia chamadas oligodendrócitos, como ocorre em todo sistema nervoso central.

¹ Como citar:

  • Nas referências: RIBEIRO, L.F.C.; DE QUADROS, Â.A.G.; LIMA, B.; BRANCALHÃO, R.M.C.; KUNZ, R.I. Tecido nervoso, 2016. Disponível em: . Acesso em: 16 de jul. 2016. (conforme data de acesso ao site);
  • No texto: Ribeiro et al. (2016) ou (RIBEIRO et al., 2016).

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