Estratificado Pavimentoso Queratinizado

  Torquatto, E.F.B.; Lima, B.; Brancalhão, R.M.C.; Guedes, N.L.K.O.¹

  Esse epitélio é formado por um número variável de camadas celulares, e é encontrado na pele. Nesse órgão, a espessura e a estrutura da epiderme variam (chegando a 1,5 cm em algumas regiões do corpo), sendo mais espessa e complexa nas palmas, plantas e em algumas articulações - locais nos quais é denominada "pele grossa".

  As células mais abundantes nesse epitélio são os queratinócitos, que se organizam em cinco camadas: basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea – cada uma com características próprias:

  • As células da camada basal apresentam morfologia cuboide com núcleo esférico central e repousam sobre a membrana basal que separa epiderme da derme. Essas células são responsáveis pela regeneração da epiderme.
  • As células da camada espinhosa são ligeiramente achatadas com núcleo central, citoplasma com filamentos de queratina que se se aproximam e se mantem unidos com os das células adjacentes por meio de desmosomos, o que confere a cada célula um aspecto espinhoso. Estas estruturas é importante na coesão entre as células e na resistência ao atrito.
  • As células da camada granulosa são poligonais achatadas, núcleo central e citoplasma carregado de grânulos basófilos de querato-hialina e grânulos lamelares, esses últimos, visualizado apenas na microscopia eletrônica, são importantes na formação de uma barreira contra a penetração de substâncias e para tornar a pele impermeável à água, impedindo a desidratação do organismo.
  • As células da camada lúcida (delgada) são achatadas, eosinófilas e translúcidas. Não apresentam núcleo e organelas e o citoplasma apresenta numerosos filamentos de queratina compactados.
  • As células da camada córnea (da ultima camada e de espessura variável) são achatadas, mortas, sem núcleo e organelas. O citoplasma é repleto de queratina, o que confere grande proteção à superfície da pele, impedindo a perda de líquido pela pele.

  No tecido, as células da camada basal sofrem divisões mitóticas regulares dando origem a uma sucessão de células que vão se diferenciando e migrando para as camadas superiores, até atingir a camada córnea. Então, nessa última camada as células sofrem degeneração, morrem e descamam.

  As células desse epitélio, durante a migração para o ápice, sofrem o processo de queratinização. Assim, a camada superficial acelular é constituída da proteína queratina, que evita a perda de água e a penetração de materiais químicos e físicos nocivos, e restos de células epiteliais degeneradas que não possuem núcleo. A queratina não é um produto de secreção celular, pois ela é produzida nos polissomos livres e fica acumulada no citoplasma da célula. A presença dessas particularidades, garante que o epitélio seja adaptado à abrasão e à dessecação constantes.

¹ Como citar:

  • Nas referências: TORQUATTO, E.F.B.; LIMA, B.; BRANCALHÃO, R.M.C.; GUEDES, N.L.K.O. Tecido epitelial, 2016. Disponível em: . Acesso em: 16 de jul. 2016. (conforme data de acesso ao site);
  • No texto: Torquato et al. (2016) ou (TORQUATO et al., 2016).

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