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Ex-aluno da Unioeste se destaca como doutorando em modelagem matemática de poço de petróleo em parceria com a Petrobras

O egresso do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Foz do Iguaçu, Christian Araujo, vem se destacando por sua atuação em pesquisa aplicada na área de petróleo e gás. Atualmente, ele é doutorando em Engenharia Mecânica na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus Curitiba, onde desenvolve, em parceria com a Petrobras, um projeto de modelagem matemática de poço de petróleo no Centro de Pesquisa em Reologia e Fluidos Não Newtonianos (CERNN).

O interesse pela engenharia começou ainda antes da graduação. Em 2012, iniciou seus estudos com o apoio do cursinho pré-vestibular promovido por estudantes da Unila e da própria Unioeste. Aprovado no curso de Engenharia Mecânica, logo no primeiro ano ele voltou ao cursinho, desta vez como monitor de Matemática.

Durante a graduação, o engenheiro se dedicou ao longo de quatro anos com a iniciação científica sob orientação da professora Dra. Nora Díaz Mora, além de atuar como monitor em diversas disciplinas. “A participação em monitorias surgiu naturalmente, conforme me destacava em algumas disciplinas e era convidado pelos professores. Sempre tive prazer em ajudar os colegas, algo que já fazia desde o ensino médio. A monitoria me permitiu não apenas reforçar meu próprio aprendizado, mas também desenvolver habilidades de comunicação e empatia”, relata.

Ele também esteve entre os fundadores do projeto Aero Cataratas, no qual estudantes constroem protótipos de aeronaves para participar da competição nacional SAE AeroDesign, permanecendo por três anos no grupo. Realizou ainda estágio na Itaipu Binacional, na área de projetos de engenharia. Seu desempenho ao longo da graduação lhe rendeu a honraria de maior nota da turma.

Após concluir a graduação, Christian ingressou no mestrado em Engenharia Mecânica com ênfase em Ciências Térmicas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), atuando no LABCET – Laboratório de Combustão e Engenharia de Sistemas Térmicos. Lá, desenvolveu pesquisas em parceria com a Petrobras voltadas ao estudo de combustíveis de alto desempenho.

“Cada uma dessas experiências me preparou de forma complementar. Na iniciação científica, aprendi a trabalhar sob a orientação de um pesquisador, desenvolvendo o pensamento investigativo e aprofundando o conhecimento técnico. Já os projetos de extensão exigiam trabalho em equipe e maior autonomia, pois frequentemente precisávamos propor, desenvolver e executar soluções de forma mais independente”, destaca.

Atualmente, no doutorado na UTFPR, Christian está envolvido em um projeto que alia experimentação e simulação computacional para compreender os processos de descomissionamento de poços de petróleo em ambientes offshore.

“Estou desenvolvendo uma estrutura experimental para simular um poço de petróleo e investigar o processo de descomissionamento. Além disso, busco modelar esse processo computacionalmente, com o objetivo de compreender os fenômenos envolvidos e propor soluções que evitem impactos ambientais, especialmente a poluição dos oceanos”, explica. Segundo ele, o objetivo é contribuir tanto para o avanço científico quanto para práticas mais seguras e sustentáveis na indústria de óleo e gás.

Aos estudantes que estão iniciando a trajetória acadêmica, Christian deixa alguns conselhos fundamentais:

“O que realmente faz diferença são as experiências que você acumula: monitorias, projetos de extensão, iniciação científica, estágios. Esses elementos vão moldar sua visão crítica, sua capacidade de resolver problemas e sua maturidade profissional. Além disso, ao escolher um tema para TCC, mestrado ou doutorado, busque algo com o qual você realmente se identifique. É provável que você dedique muitos anos a esse tema, então é essencial que ele te inspire.”

Ele também destaca a importância do desenvolvimento de habilidades de escrita, muitas vezes negligenciadas por estudantes de engenharia. “Os engenheiros, em geral, têm a visão de que não precisam escrever, e acabam não se dedicando tanto. Mas sempre será necessário escrever um relatório técnico ou um artigo, tanto em português como em inglês. Por isso, trabalhe todas as suas habilidades.”

Texto: Mohammad Ali Fayad

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