Unioeste: acadêmica de Farmácia recebe Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia

O projeto “Production, immobilization and application of invertase from new wild strain Cunninghamella echinulata PA3S12MM”, da estudante de Farmácia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Vitória Delai, recebeu esta semana o 35º Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia, na categoria Acadêmica. A cerimônia de premiação foi na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Curitiba.

O trabalho da aluna faz parte de um projeto maior que tem caráter amplo e permanente e vem sendo desenvolvido desde 2016, pelo grupo de pesquisa, nos Laboratórios de Bioquímica de Microrganismos e Bioquímica Molecular da Unioeste. Seus objetivos são obter microrganismos selvagens, a partir de coletas nos resíduos florestais de Mata Atlântica, ou gerar linhagens mutantes, pela manipulação genética, para promover a alta produção de enzimas e moléculas com atividade biológica. Ele tem sido desenvolvido em parceria com a aluna de mestrado, Letícia Mara Rasbold, e sob a orientação do professor Alexandre Maller.

         Para Vitória Delai, “receber esse prêmio está sendo uma ótima experiência. Eu me sinto feliz e grata pelo reconhecimento do nosso trabalho”. A estudante também ressaltou a importância de seus professores em sua trajetória, e toda a atenção que recebeu em sua orientação. “Eu queria salientar a dedicação e competência do professor Alexandre e da Letícia, eles sempre estavam presentes para me ajudar. O professor Alexandre é um ótimo orientador, sempre abraça as minhas ideias e me instiga a melhorar, e desenvolver com mais afinco a pesquisa. Se não fosse por ele nada disso teria sido possível. Também agradeço muito aos meus professores da bioquímica; Marina kimiko kadowaki, José Luiz da Conceição Silvas, Rita de Cassia Garcia Simão. Eles estão sempre no laboratório, dispostos a ajudar tanto na prática do laboratório quanto na aquisição de reagentes e equipamentos”.

         Vitória também indaga a importância que adquiriu na prática dentro do laboratório para desenvolver sua pesquisa. “Minha experiência no laboratório é extremamente enriquecedora. Eu entrei no laboratório de bioquímica sob a orientação do professor Alexandre no primeiro ano da faculdade, já fazem quatro anos. Aprendo muito todos os dias lá, conseguir desenvolver habilidades de escrita, apresentação e é claro de trabalho na bancada propriamente dita, sem contar no ótimo trabalho em grupo que desenvolvemos lá, junto aos outros alunos de Iniciação Cientifica (IC) e os mestrandos”.

         O professor orientador Alexandre Meller, ressalta que  “receber a notícia da premiação da aluna trouxe muita alegria para todo nosso grupo de pesquisa! O trabalho é fruto de muita dedicação, na busca em contribuir com o desenvolvimento de pesquisa básica de qualidade, hoje tão escassa de recursos em nosso país. A SETI faz um grande serviço ao reconhecer o esforço que nossos acadêmicos realizam durante o desenvolvimento de seus trabalhos de Iniciação Científica”.

         Além disso, o orientador exaltou sua aluna orientanda e seu potencial. “Orientar a Vitoria sempre foi muito gratificante. No início do trabalho ela colaborou com um projeto de mestrado do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas da Unioeste, que gerou o artigo científico premiado. Desde o início do projeto, a aluna demonstrou grande interesse e dedicação à pesquisa. Além disso, ela apresentou grande potencial científico e excelente capacidade para interpretar resultados e sugerir experimentos. Tenho certeza de que a acadêmica terá um futuro brilhante no desenvolvimento da ciência em nosso país e esse prêmio vai impulsionar sua pesquisa científica”.

         O Superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, destaca a importância do prêmio para os pesquisadores do Paraná. “O Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia, já na sua 35º edição, premia aqueles pesquisadores que se destacaram nas áreas do conhecimento, pelo trabalho realizado, pela relevância daquilo que produziram em termos de ciência e tecnologia no Estado do Paraná. Por tanto, é um reconhecimento aquilo que a gente tem de bom em termos de produção de ciência e também é um estímulo, para que os nossos pesquisadores estejam cada vez mais comprometidos com as demandas regionais, com fazer uma ciência ligada a realidade paranaense e que contribua com o desenvolvimento do estado em todas as suas regiões”.

         O reitor da Unioeste, Alexandre Webber, ressalta a importância do prêmio para mostrar o trabalho que as universidades estaduais desenvolvem para a sociedade. “A Unioeste tem se destacado entre os melhores pesquisadores. Isso mostra a força da nossa Universidade, e também mostra a importância de todas as nossas universidades estaduais e federais do sistema de ensino público do Estado do Paraná. Então esse prêmio mostra para a sociedade um pouco do trabalho de todas as nossas universidades, que com certeza, é uma luta da sociedade para tê-las e que fazem a diferença no Paraná”.

         A entrega do prêmio foi realizada no último dia 29, e foi promovida pelo Governo do Estado do Paraná. A premiação busca estimular a produção científica, tecnológica e de extensão e inovação, reconhecendo professores e estudantes pesquisadores, além de inventores independentes assistidos pelos núcleos de inovação tecnológica e programas de incubação de empresas das instituições de ensino superior e de pesquisa do Paraná.

         O Paraná faz Ciência 2022, integra a 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2022), no âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). A iniciativa consiste em uma série de bate-papos online com especialistas de diversas áreas e Instituições de Ensino Superior do Brasil e de outros países. Além disso, o Paraná faz Ciência tem como objetivo mobilizar a sociedade, principalmente os jovens, em torno de temas e atividades que valorizam a inovação e a produção cientifica e tecnológica.