Campus de Toledo: Projeto Primeiro Emprego retoma atividades
O curso de Secretariado Executivo Trilingüe retomou, na última semana, as atividades do projeto primeiro emprego. Realizado desde 2011, a atividade busca qualificar jovens em situação de vulnerabilidade para entrar no mercado de trabalho.
A coordenadora do projeto e pró-reitora de Extensão da Universidade, Fabiana Veloso, destaca que a cada ano as parcerias são fortalecidas. São diversas entidades já atendidas pelo projeto, entre elas Casa de Maria e Dorcas (as primeiras entidades parceiras do projeto), Florir Toledo e recentemente o Centro da Juventude. Esta relação com a comunidade é essencial para a universidade, pois mostra todo potencial de um diálogo que proporciona a troca de experiências com a sociedade.
A subcoordenadora do projeto, professora Carla Schmidt, explica que o foco do trabalho é capacitar o jovem para que ingresse e tenha condições de se manter no mercado de trabalho. “É difícil eu falar em estar qualificado no mercado de trabalho, e eu não falar para esse jovem da importância de uma formação continuada”, explica Schmidt.
Além de preparar para entrar no mercado de trabalho, Schmidt ressalta que há outros aspectos no projeto. Como são jovens, em sua maioria, de baixa renda, é comum os professores ouvirem relatos de que o mercado de trabalho, e a própria universidade, são objetivos inatingíveis para eles. “Ao longo do projeto a gente vai trabalhando essas questões para fazer com que esse jovem adolescente, que ingressa no primeiro emprego se sinta sim, um jovem, uma pessoa tão capaz quanto qualquer outra, independente de qual sua classe social, sua renda ou lugar onde mora”, afirma a professora Scmidt contando ainda casos de adolescentes atendidos pelo projeto que depois entraram para a universidade, por incentivo desse trabalho.
Sobre a atuação nas oficinas a coordenadora Fabiana explica que para se aproximar dos alunos participantes a equipe faz um esforço para conhecer a realidade desses jovens. “Começamos a buscar exemplos na realidade deles durante as oficinas e mostrar que tem dentro do cotidiano das famílias deles podemos sempre compreender posturas importantes no contexto de trabalho. Fazendo eles perceberem que faz diferença executar atividades rotineiras e, em especial as que envolvem o trabalho formal, de forma planejada, motivada e com o uso de algumas ferramentas que apresentamos a eles”, argumenta Veloso.
Devido à pandemia da Covid-19, esta será a primeira edição do projeto realizada de forma virtual. Aluno bolsista do projeto, Rafael Vargas Aglio, fala que será necessário repensar as dinâmicas aplicadas e que o fato de ser realizado online será um desafio a mais e um exercício de adaptação à nova realidade. Veloso diz que para conseguir manter o foco dos adolescentes nas atividades, diante do formato remoto, a equipe reduziu o tempo de duração das oficinas, de quatro para duas horas. Para dinamizar as aulas, substituiu os dinâmicas de equipe como simulações e teatros antes desenvolvidos nas oficinas presenciais, por vídeos e jogos, para exemplificar os conteúdos ensinados.
Por Daniel Schneider
Supervisão de Rosana Mirales