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Huop inicia estudo com inteligência artificial para detectar Covid-19

Huop inicia estudo com inteligência artificial para detectar Covid-19

O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) iniciou um estudo com uso de inteligência artificial, para detectar pacientes que estão ou não contaminados com a Covid-19, através de exames de rotina. “É uma produção de variáveis, que vão compor um algoritmo, e a partir dos exames compilados, vamos conseguir perceber certos padrões, para identificar se o paciente tem pré-disposição positiva ou negativa para a doença”, explica o farmacêutico bioquímico e diretor administrativo do Huop, Rodrigo Barcella.

Para o estudo, o curso de Ciência da Computação, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) irá auxiliar na captação dos dados e na programação da inteligência artificial. “Estamos em preparação para esse experimento, no levantamento de referências teóricas e na organização do ambiente para obtenção dos dados”, diz o coordenador do curso de Ciência da Computação, Claudio Marquetto, que afirma que as pesquisas devem iniciar no início do mês de abril no Huop.

Os exames que serão utilizados para esse estudo são rotineiros, como hemogramas, feitos no Laboratório de Análises Clínicas do hospital. Claudio explica que além dos dados, também serão coletadas imagens através de um microscópio trinocular. “Vamos padronizar as imagens que serão capturadas e o conjunto de dados, para que então possamos obter um resultado”, ressalta Claudio.

Com a coleta dos dados, e a disponibilização do algoritmo, pretende-se analisar diversas características em comum que doença pode causar. “Pretendemos conseguir identificar certos padrões, que podem ser interpretados pela clínica como uma pré-disposição ou não da doença. Um exemplo: já percebemos que uma das características comuns do Covid-19 é a leucocitose com linfopenia, um aumento de leucócitos, mas com um número relativo de linfócitos baixo. Isso tem sido frequente em mais de 80% dos pacientes infectados”, afirma Rodrigo.

O estudo foi motivado por pesquisadores do Hospital Israelita Albert Einstein, em parceria com cientistas da Universidade de São Paulo (USP). Essa pesquisa até o momento apresenta resultado assertivo de aproximadamente 80%. “Para que seja realmente eficaz, precisa de um nível de acerto mais próximo a 100%. Por isso, a necessidade que mais pesquisadores e cientistas façam parte desse estudo”, diz Rodrigo. Para que haja mais resultados, Rodrigo ainda explica que o objetivo é disponibilizar novas variáveis. “Esperamos aumentar a consistência das informações para a assertividade”, comenta. “Porém, é importante ressaltar também que o andamento do nosso estudo também depende de pacientes confirmados com a doença para que possamos compilar os dados, e analisar. Portanto, não temos previsão de resultados”, enfatiza, Claudio.

Ainda de acordo com o diretor administrativo do Huop, esse algoritmo não deve descartar o teste rápido ou teste molecular. “Não temos como substituir, porém como estamos em momento em condição de falta de testes, esses estudos podem orientar no diagnóstico. É mais uma ferramenta de auxílio”, finaliza Rodrigo.

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