Unioeste: décima edição do Boletim de Conjura Econômica de Toledo é lançada
O Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste – campus de Toledo), em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit), lançou a décima edição do Boletim de Conjuntura Econômica de Toledo. A publicação é trimestral e tem como objetivo trazer dados e análises sobre a atividade econômica do município.
O Boletim aponta que houve um aumento médio de 3% no número de demissões no município entre agosto e dezembro de 2022. O mês que mais concentrou encerramentos de contratos foi dezembro (2.704 demissões) e novembro apresentou a menor quantidade de dispensas (2.167 demissões). A publicação diz que a cidade encerrou o mês de dezembro de 2022 com saldo negativo de empregos, com 2.704 encerramentos de vínculos contra 2.074 contratações. A equipe de pesquisadores lembra que dezembro é um mês marcado por encerramento de contratos temporários de trabalho. Desde o ano de 2020, Toledo encerrou quatro vezes com saldo negativo na empregabilidade: abril de 2020; dezembro de 2020; dezembro de 2021; e dezembro de 2022.
O professor do curso de Ciências Econômicas da Unioeste, Jandir Ferrera de Lima, explica que, no caso do mercado de trabalho, os números do final de 2022 demonstram um ajuste sazonal, principalmente no final e início de ano, quando trabalhadores temporários são contratados e desligados. “O mercado de trabalho em Toledo segue demandando mão de obra qualificada. Ou seja, Toledo ainda tem vagas disponíveis em diversos setores, mas as especificidades de alguns cargos têm feito com que as contratações não sejam tão rápidas”, avalia Lima.
A publicação levanta o crescimento da arrecadação federal em Toledo no período entre 2011 e 2019, os dados se referem aos Documentos de Arrecadação de Receitas Federais (DARF). O montante saiu de R$ 111,8 milhões de reais em 2011, para R$ 592,05 milhões oito anos depois, o que representa um aumento de cinco vezes na contribuição arrecadada no município.
O Boletim também levanta a tendência de queda no preço da soja nos últimos 12 meses. Desde março de 2022 o valor pago em reais teve uma retração de 16,95%, enquanto o preço em dólares apresentou queda de 18,31%. “Por um lado, esta informação desagrada o produtor de soja, visto que reduz suas receitas. Por outro lado, a queda de preço da soja favorece o consumidor, seja a indústria, as famílias ou a produção animal, que usa este produto na composição de ração”, relata o periódico. Os pesquisadores ainda apontam que, mesmo com a instabilidade climática observada durante o ciclo 2022/2023 da soja, há expectativa de uma safra maior que a obtida em 2021/2022.
O professor do curso de Ciências Econômicas, Valdir Antonio Galante, explica que, com a redução do valor pago na soja nos últimos 12 meses, pode haver uma queda de renda do setor. “Há inúmeros efeitos secundários, desde a queda de rentabilidade, menor poder de compra e outros efeitos. Além da cadeia produtiva da soja, outros setores também sentirão o menor nível de renda resultante”, avalia Galante.
O Boletim de Conjuntura Econômica pode ser conferido na íntegra a partir do link https://acit.org.br/area-de-download/
Assessoria de Comunicação Social
Daniel Schneider