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Central de Notícias

Programa de Educação Especial comemora 20 anos no Campus de Francisco Beltrão

No início deste mês o Programa Institucional de Ações Relativas às Pessoas com Necessidades Especiais (PEE) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) celebrou os 20 anos de instalação no Campus de Francisco Beltrão. A solenidade reuniu acadêmicos atendidos pelo programa, professores, coordenadores dos cursos, entidades que atuam com as pessoas com deficiência e autoridades institucionais.

Nesta comemoração, houve também uma homenagem à professora Margarette Matesco Rocha, por todo tempo que ela esteve à frente da coordenação do Programa no campus de Francisco Beltrão, e pelo trabalho que realizou, sendo lembrados também todos os profissionais que construíram a história do PEE. “Deixamos aqui mais uma vez registrado nosso carinho e  gratidão por todos que fizeram e fazem parte desta história, pois é neste caminho que a inclusão se expande e efetiva, sempre em colaboração! Vamos juntos, rumo a uma sociedade e uma Universidade cada vez mais acessível e inclusiva”, registrou a equipe do PEE.

O PEE

Implantado em março de 2002 o Programa de Educação Especial (PEE) do Campus de Francisco Beltrão vem prestando atendimento apoio aos acadêmicos de acordo com suas especificidades de forma a possibilitar o acesso e permanência nos cursos escolhidos e com aprendizagem de qualidade para sua formação.

Segundo a coordenadora do Programa no Campus, Alessandra Mello, os acadêmicos que  precisam de atendimento educacional especializado, de forma temporária ou permanente, são atendidos em horários previamente organizados entre o PEE e o acadêmico e em horários que não interfiram nas aulas. As professoras de Atendimento Educacional Especializado – AEE - realizam o atendimento individualizado diária, semanal ou quinzenalmente, conforme as suas especificidades, e o acompanhamento pedagógico acontece ao longo do período letivo.

Para alunos cegos, Alessandra explica, que  todos os materiais didáticos como textos e slides são adaptados para que possam ter acesso através das tecnologias de leitores de tela ou pelo braile, conforme for mais acessível a cada um; gráficos, tabelas e mapas são adaptados em materiais táteis e/ou descritos em texto para a leitura em tela. Já quando os professores fazem uso de recursos como vídeos, imagens ou outros, o professor de AEE faz a áudio descrição para o aluno, podendo ser durante a aula ou previamente a esta. “O suporte aos alunos surdos se dá, em sala de aula com a atuação do intérprete de Libras fazendo a intermediação da comunicação e, quando necessário pode receber o AEE para atendimento de alguma especificidade”.

            Alunos com dificuldades na aprendizagem, TDAH e outras necessidades especiais que demandem o atendimento educacional especializado, também recebem o apoio pedagógico e recursos de acordo com suas necessidades.  “Para todos os alunos atendidos, sempre que as dificuldades para acompanhar o que os demais colegas de turma estão aprendendo for de ordem curricular, o PEE agenda, junto aos professores de disciplinas, o Apoio Didático – A.D., para que o professor possa então estar atendendo a necessidade educacional apresentada pelo aluno naquele momento.

Com todos os professores de alunos atendidos pelo Programa são realizadas orientações, sugestões e diálogo permanentes procurando colaborar com os processos de ensino e de aprendizagem desses acadêmicos. Nesse sentido o PEE se coloca sempre como parceiro dos professores para realizar adaptações necessárias e sugerir alternativas e recursos pedagógicos.

De acordo com a coordenadora o ano letivo de 2021 com 10 acadêmicos atendidos e iniciou, agora em setembro o ano letivo de 2022, atendendo estes 10 mais 5 alunos novos. “Há ainda uma lista inicial de mais 4 alunos em investigação e avaliação pedagógica para identificação de suas necessidades específicas”.

Alunos atendidos

            Os primeiros acadêmicos atendidos pelo PEE de Beltrão ingressaram em 2004 e eram cegos. Uma no curso de Pedagogia e um em Direito. Em 2009, o Campus recebeu uma acadêmica com deficiência física e em 2011 ingressou a primeira aluna surda. No ano seguinte foi uma aluna com baixa visão. “As deficiências sensoriais foram as primeiras e são as que mais temos acadêmicos atendidos até o momento. Atualmente são atendidos acadêmicos com cegueira, baixa visão, surdocegueira, surdez, deficiência auditiva, altas habilidades, transtorno do espectro autista, TDAH, transtornos funcionais específicos e deficiência intelectual”.

Trabalho Pedagógico

            O trabalho pedagógico com o aluno surdo/cego que está cursando Administração tem sido bem personalizado. Grande parte do material de estudo e didático está sendo adaptado para a leitura no programa leitor de tela DOSVOX, mas materiais que envolvem expressões matemáticas, cálculos, equações e fórmulas além destas adaptações, tem sido transcrito em braille.  As adaptações de atividades para o Multiplano (que é um recurso pedagógico excelente para a matemática) e com a máquina Perkins Brailler foi desenvolvido uma forma de caderno com sinais matemáticos para equações e fórmulas adaptados para ele, tendo assim os passos de cada operação a ser realizada.  Já os gráficos que fazem parte de conteúdos disciplinares são todos adaptados em alto relevo e com materiais diversificados. “No AEE é trabalhado a forma como ele lê estes gráficos e com o Apoio Didático com o professor da disciplina, para que ele possa ter acesso ao conteúdo da melhor forma possível. Tabelas que envolvem cálculos, como as da disciplina de Contabilidade, são adaptadas em conjunto com a professora da disciplina de forma que o aluno seja capaz de realizar os cálculos envolvidos”.

Professor Adilson

No campus de Francisco Beltrão, segundo o diretor geral Adilson Carlos da Rocha,  o PEE o Programa Institucional de ações relativas as pessoas com necessidades especiais, como chamamos de PEE, tem um trabalho importante no campus no sentido de que é o setor onde se pode contribuir para que o aluno que apresente algum tipo de necessidade além de aquelas de locomoção ou outras habilidades, TDH, ou a surdez, outras formas, outras necessidades que os alunos tenham, alunos e também professores. “Nós temos hoje professores que precisam também de um intérprete, então o Programa atua no sentido de dar esta contribuição. Nesses últimos anos, principalmente no retorno presencial pós pandemia, nós temos uma demanda maior e crescente pelo trabalho do PEE”, comenta o diretor lembrando que hoje o Campus tem aproximadamente entre 25 alunos sendo atendidos.

Adilson conta também que agora estão ingressando outros alunos com o início do ano letivo e há uma preocupação muito grande em propor esses serviços. “Ampliamos o espaço do PEE a partir de uma demanda da coordenação e fizemos aquisição de novos equipamentos e  mobiliários para atender essas demandas, então, o programa hoje ele atende essas necessidades, mas nós percebemos que os recursos humanos principalmente ainda não são o suficiente para atender essa demanda do PEE, então hoje nós estamos aí solicitando demanda para contratação de mais intérpretes de Libras, mais professores AEE e pedagogo, para dar esse suporte a esses acadêmicos e também a docentes”, exaltando que “o programa tem uma importância nesse sentido e que hoje sem o PEE como nós temos, como a Unioeste tem, seria ai impossível atender essas demandas. O Programa é de estrema importância e vemos aí que futuramente ele vai ter uma relevância maior e aonde a Instituição vai te que fazer mais investimentos nesse seguimento”, conclui.

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