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Pesquisadores da Unioeste realizam estudos em sítios arqueológicos no sudoeste

Compreender o contexto das primeiras ocupações humanas pré-coloniais nos últimos 12.000 anos no Brasil Meridional é um trabalho que está muito mais próximo do que se pode imaginar, e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) tem contribuído com esse processo na prática. Para se ter ideia, atualmente o Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos CNSA/IPHAN tem catalogado 3 sítios na região de Francisco Beltrão, às margens do rio Santana, que são fundamentais para entender as dinâmicas de ocupação humana nesse período pré-colonial no Brasil Meridional.

A pesquisa de pós-doutorado intitulada “Estudos estratigráficos e micromorfológicos em sítios arqueológicos localizados em contextos fluviais do planalto vulcânico da bacia do Paraná, sul do Brasil” tem trabalhado in loco nessas investigações dos sítios na região e já apresenta dados que contribuíram sobre o quadro crono-cultural das dinâmicas arqueológicas que ocorreram no Sul do Brasil “Sou pesquisador associado ao Núcleo de Estudos Paleoambientais, junto ao laboratório de Micromorfologia de Solos-LAMIC, ambos da Unioeste campus Francisco Beltrão e em parceria com o Programa de Pós-Graduação de Geografia, com tema em “Geoarqueologia” da Unioeste. Em nossa pesquisa buscamos sítios arqueológicos localizados em vales fluviais que formaram sequências estratigráficas e apresentam níveis arqueológicos enterrados”, explica o Doutor em Arqueologia Marcos César Pereira Santos.

Todo este trabalho de pesquisa ganha cada vez mais abrangência “Envolvemos estudantes de graduação e pós-graduação em Geografia, principalmente junto ao laboratório de Micromorfologia de Solos, sob a coordenação do professor doutor Julio César Paisani e juntos desenvolvemos pesquisas em sítios arqueológicos no rio Uruguai, nos municípios de Águas de Chapecó, SC e Alpestre, RS. no rio Pesqueiro, nos Municípios de Sul Brasil e Irati, SC. E no rio Chopim, Itapejara d’Oeste, Paraná”, conta Marcos.

Parcerias
Os estudos desenvolvidos sobre geoarqueologia são sempre formados por muitas parcerias e a possibilidade de trocar informações entre profissionais de outras regiões e países é de grande relevância aos acadêmicos da Unioeste que participam disso, direta ou indiretamente “Atualmente, estamos recebendo na Universidade a visita da pesquisadora Italiana, dra. Giulia Marciani no desenvolvimento de estudos sobre diferentes técnicas de lascamento de pedra, utilizadas pelo gênero Homo, sejam eles Neandertais e/ou Sapiens. Essa pesquisa ocorre associada ao projeto ERC-SUCCESS (http://www.erc-success.eu/) da Universidade de Bolonha, Itália, Departamento de Bens Culturais, onde somos colaboradores da pesquisa”.

A grande questão é que pesquisas assim são interdisciplinares e envolvem muitos profissionais, o trabalho desempenhado no sudoeste do estado chama a atenção de profissionais da arqueologia “O conhecimento arqueológico sobre a região do Sudoeste do Paraná está em construção, e apresenta dezenas de sítios arqueológicos conhecidos, mas, que devem ser estudados para que sejam compreendidos”, finaliza o doutor.

Texto: Thiago Leandro
Fotos: Arquivo Pessoal

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