Unioeste: Pesquisa registra aumento da cesta básica em cidades do Sudoeste

A pesquisa da cesta básica realizada mensalmente pelo Grupo de Pesquisa Economia Agricultura e Desenvolvimento (GPEAD), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), constatou que o custo da cesta básica de alimentação no mês de novembro apresentou alta de 3,95% em Pato Branco, 3,12% em Realeza, seguido por Francisco Beltrão com 2,20%, e com a menor alta, Dois Vizinhos, 2,14%.
Assim, o preço da cesta básica individual mais elevado foi a de Francisco Beltrão, R$ 481,62, seguido por Realeza, R$ 472,25, Pato Branco, R$ 469,43, e a de menor custo foi a de Dois Vizinhos, R$ 461,12. O movimento dos preços apresentou aumento nos seguintes produtos: açúcar, batata, carne e óleo de soja.
A maior alta foi observada no preço da batata: 49,95% em Pato Branco e 32,96% em Realeza. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a alta dos preços está associada a quebra de produção em várias regiões do Sul, por causa do baixo volume de chuva nas fases de plantio e desenvolvimento, o que reduziu a oferta.
Nas cidades pesquisadas no Sudoeste, o preço da carne aumentou em todas. O óleo de soja, também teve aumento, com exceção de Realeza (-3,50%). Por outro lado, em todas as cidades houve queda no preço do tomate, com destaque para Pato Branco (-28,48%) e Francisco Beltrão (-26,80%).
Já o preço do açúcar aumentou em todas, com destaque para Pato Branco (11,89%) e Dois Vizinhos (10,55%). Para o Dieese, o comportamento de alta está relacionado ao maior volume de exportações que limitaram a oferta interna, apesar da maior produção de açúcar.
Dessa forma, o salário mínimo nacional mostrou-se insuficiente para assegurar a aquisição da cesta básica. Para a manutenção de uma família de quatro pessoas, o salário mínimo deveria ser de: R$ 3.873,87, em Dois Vizinhos; R$ 4.046,09, em Francisco Beltrão; R$ 3.943,69, em Pato Branco e R$ 3.967,38, em Realeza.
Escrito por Ana Cauneto - supervisão Patricia Bosso