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Unioeste: Engenharia Agrícola leva Agrofloresta para Penitenciária Industrial de Cascavel

Mais um passo foi dado por meio de um projeto de extensão que nasceu dentro da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e tem feito a diferença em locais em que a ressocialização é necessária.  Agora, oficialmente, a Penitenciária Industrial de Cascavel (PIC) conta com um projeto de irrigação para a horta, que será mantida pelos próprios apenados.

O projeto de irrigação foi realizado pela ENGECTARE – Empresa Junior do curso de Engenheria Agrícola da Unioeste e está inserido no projeto de extensão “O conhecimento como meio de ressocialização – uma segunda chance” coordenado pela docente dos cursos de graduação e Pós Graduação (PGEAGRI) em Engenharia Agrícola, Prof Monica Sarolli S. de M. Costa “levamos conhecimento sobre valorização de resíduos orgânicos por meio de compostagem e vermicompostagem e o uso dos produtos destes processos, ou seja, o composto e o vermicomposto em um sistema de produção de hortaliças e frutas seguindo as premissas da Agricultura Sintrópica. Agricultura sintrópica é o termo designado a um sistema de cultivo agroflorestal (SAF) baseado no conceito de sintropia - princípio contrário ao de entropia - caracterizado pela organização, integração, equilíbrio e preservação de energia no ambiente”, explica a professora.

Eduarda Aparecida Rodrigues é a diretora presidente da ENGECTARE, ela diz que todos projetos feitos por eles são personalizados e isso também aconteceu na Penitenciária Industrial de Cascavel “Começamos o projeto da PIC durante a pandemia, com toda segurança fizemos as reuniões, algumas online, fomos até lá para topografia. É um projeto de irrigação por gotejamento, que serve para uma horta como a proposta pela PIC, demorou cerca de 1 mês para ser elaborado”, conta Eduarda.

A horta

Todo o trabalho desempenhado contou com a parceria da Unioeste, da própria PIC e também do Conselho da Comunidade. O espaço de 1,2 mil metros quadrados está preparado não apenas para a produção interna, mas também para capacitação dos apenados “O projeto foi apresentado pela professora Monica, da Unioeste. Trabalhamos com o conceito de hortofloresta, horta autossustentável, produzimos vários hortis, legumes e principalmente capacitamos e certificamos por meio da Unioeste muitos apenados”, conta o diretor da PIC Rodrigo Cardoso da Silva.

O curso de extensão terá um total de 180 horas-aula, duas vezes por semana, dentro da unidade, começou em fevereiro deste ano, mas em função da pandemia precisou ser temporariamente suspenso. Serão abordados temas como irrigação, cultivo, plantio e produção orgânica e os docentes da Unioeste estão como os responsáveis por aulas teóricas e práticas. Fica à cargo dos apenados conduzirem as atividades de tratamento dos resíduos e produção de hortaliças e frutas, seguindo o que aprenderam.

A parceria, de acordo com o Conselho da Comunidade, oportuniza a chance de os apenados trabalharem e aprenderem um novo ofício, além de contribuir com entidades assistenciais “Esta horta vai produzir alimentos que serão consumidos dentro da penitenciária, mas também serão distribuídos para entidades da cidade. É um projeto muito bom e importante”, conta o tesoureiro do Conselho da Comunidade Rosaldo Chemin, que representou o presidente Jair Dutra de Oliveira na cerimônia oficial de entrega do projeto. Na cerimônia também estavam presentes os colaboradores do Conselho da Comunidade Pâmela Pfeffer e Mateus de Oliveira.

Agrofloresta

A forma de cultivo escolhida para a Penitenciária Industrial de Cascavel (PIC) foi a agrofloresta, que visa o aproveitamento máximo do terreno. Neste modelo é levado em conta a preservação e a reintrodução de espécies frutíferas nativas. As plantas são cultivadas em consórcio e dispostas em linhas paralelas, intercalando sempre espécies de portes e características diferentes.

Sem contar que outra ação realizada ali é a compostagem, técnica bem conhecida que possibilita a destinação correta das sobras de alimentos da PIC, o que garante sustentabilidade e produção de adubo orgânico de alta qualidade. A realização desse projeto só foi possível por conta do envolvimento de vários profissionais como Prof. Dr. Marcio Vilas Boas – irrigação (UNIOESTE);  Prof. Dra. Maritane Prior e Dr. Erivelto Mercante – topografia e geoprocessamento (UNIOESTE); Prof. Dra. Monica Sarolli Silva de Mendonça Costa – aproveitamento de resíduos (UNIOESTE); Dr. Luiz Antonio de Mendonça Costa – agricultura sintrópica (externo); Dr. Dercio Ceri Pereira – controle alternativo de pragas e doenças (externo); Adriana Pereira – PIC; Empresa Junior ENGECTARE – Alunos do Curso de Graduação em Eng. Agricola (UNIOESTE); Humberto João Comineti – Aluno do Curso de Graduação em Eng. Agrícola (UNIOESTE). Bolsista PROEX.

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