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Dia da Doação de Órgãos: Huop acompanhou doação de 41 órgãos em 2020

Dia da Doação de Órgãos: Huop acompanhou doação de 41 órgãos em 2020
A doação de órgãos é um ato de amor que pode salvar várias vidas. No Dia Nacional da Doação de Órgãos, 27 de setembro, o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) enfatiza a importância de falar sobre o tema. Somente nesse ano, 27 famílias foram entrevistadas na instituição para realizar o aceite da doação. “Todas as famílias, em que o paciente tem os critérios para ser um possível doador, são entrevistadas. Nesse momento, temos muitos relatos de familiares que dizem que o paciente tinha esse desejo, e isso ajuda na tomada de decisão, tendo em vista que é um momento difícil. Por isso, é importante falar sobre isso”, diz a coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott), Elaine Padilha.

De acordo com os dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o Paraná mantém a liderança em número de doadores por milhão de população. No Huop, foi acompanhado nesse ano a doação de 41 órgãos: sendo 14 rins; 1 pâncreas; 4 pulmões; 2 fígados; 2 válvulas cardíacas; e 18 córneas. “Seguimos rigorosos na avaliação dos pacientes para que possamos oportunizar a doação com segurança, mesmo no momento da pandemia”, enfatiza Elaine.

O transplante de rim é o mais procurado e o que possui a maior lista de espera no Paraná e no país. Apesar de ser um órgão bastante procurado, ele também é o mais versátil para transplante. “ A idade máxima para doação do rim é de 99 anos, isso faz com que a doação desse órgão seja mais comum no hospital”, diz. Além disso, o órgão possui um tempo maior para que possa ser transplantado, até 36 horas.

Nesse ano, o Huop também foi destaque na captação de pulmão. Até o momento foram 4 captações na história da instituição, sendo 2 realizadas em 2020. “É uma doação rara. O paciente que realiza doação de órgãos, em casos de morte encefálica, respira com ajuda de aparelhos, que podem causar complicações como a pneumonia, e isso pode contraindicar a doação. Além disso, casos de traumas e lesões também impossibilitam a doação, tendo em vista que é um órgão bem sensível”. A captação e transplante do pulmão é delicada, e deve ser feita em até 4 horas.

COVID-19
Os desafios devido à Covid-19 afetaram também o setor da doação de órgãos no Huop. Os critérios de avaliação de possíveis doadores são rigorosos, mas além disso, a dificuldade também tem sido com relação ao contato com os familiares. “Temos muitos casos em que conseguimos o contato com a família apenas por telefone. Não temos mais um acolhimento tão próximo, e às vezes nem mesmo conseguimos oportunizar a visita de todos os familiares para que possam se despedir do paciente, pois muitos fazem parte do grupo de risco. Temos trabalhado com meios alternativos de comunicação, como vídeo chamada, mas tem sido desafiador”, conta Elaine.

ACOLHIMENTO
A doação de órgãos é realizada somente após o consentimento da família. Nesse momento, os familiares são acolhidos pela equipe da comissão, que esclarece dúvidas e realiza as orientações. A maioria das doações são realizadas por pacientes que tiveram diagnóstico de morte encefálica. “É imprescindível que a família saiba o que está acontecendo. Ao iniciar o diagnóstico de morte encefálica, realizamos o contato com a família, explicamos todos os passos dos exames que serão feitos. Só então, com a confirmação da morte, é oportunizada a doação e então são explicados os procedimentos”, explica Elaine. “É importante falar sobre isso. Estamos em um momento de pandemia, em que muitos falam de empatia, em ajudar o próximo. A doação de órgãos é o um exemplo claro de empatia pelo sofrimento do próximo que está em uma lista de espera para poder sobreviver, somente com a doação vidas podem ser salvas”, finaliza.

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