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Central de Notícias

Unioeste: Observatório da Questão Agrária serve de articulação entre pesquisadores, camponeses e povos originários

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) tem um Observatório da Questão Agrária no Paraná (OQA-PR), coordenado pelo Laboratório e Grupo de Pesquisa de Geografia das Lutas no Campo e na Cidade (GEOLUTAS), que agrega pesquisa e ensino e extensão, além de condensar inúmeras ações voltadas à questão agrária.

Considerado um dos mais importantes canais de informações do setor rural, o observatório reúne pesquisadores, banco de dados sobre questão agrária, além de realizar uma série de atividades dirigidas ao campo, como relatórios, estatísticas, entre outros. Em breve, o observatório irá publicar o Atlas da Questão Agrária no Paraná, com dados do setor.

O coordenador do observatório, Djoni Roos, geógrafo e docente no campus de Marechal Cândido Rondo da Unioeste, explica que além de professores e alunos, o projeto de extensão atua junto a camponeses engajados na causa de reforma agrária. O projeto tem participação de professores pesquisadores de dois campus da Universidade (Marechal Cândido Rondon e Francisco Beltrão).

Para o pesquisador, o observatório tem servido de base de sustentação e desenvolvimento da rede de pesquisadores da questão agrária no Paraná. Além desse fator, trabalha com camponeses sem-terra, assentados, indígenas, quilombolas, povos tradicionais, professores, estudantes entre outros, no Oeste do Estado. “Às ações atingem assentamentos rurais, acampamentos, nas aldeias indígenas, comunidades tradicionais, nas escolas entre outras“, comenta.

O Observatório

O observatório reúne sete grupos de pesquisa: Geolutas, Geterr e Corpo, Genero e Diversidade (Unioeste – os campi de Marechal Cândido Rondon e Francisco Beltrão) e com Latec (UEL – Londrina), Ceresta (Unicentro – Irati), Napterra (Unila – Foz do Iguaçu) e também a Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Os pesquisadores acompanham e registram os conflitos no campo paranaense por meio da organização e sistematização do banco de dados da luta pela terra no Paraná (Dataluta-PR*). “Elaboramos materiais cartográficos e didáticos sobre dinâmica espacial da questão agrária no Paraná; contribuir na elaboração dos relatórios Dataluta – Paraná/Brasil”, menciona.

O observatório é, em resumo segundo o professor, um meio de diálogo e troca de informações junto as populações camponesas e indígenas, consolidando-se como canal de apoio e denúncia das injustiças ocorridas no campo.

Com o trabalho, o observatório está incorporado ao banco de dados da luta pela terra e território no Paraná (Dataluta-PR), além de realizar assessoria junto aos movimentos sociais e povos tradicionais do campo.

O banco de dados reúne produção acadêmica de pesquisadores do setor rural, em várias áreas. Para o professor, o banco auxilia pessoas que necessitam de acesso a informações, como por exemplo, agricultores envolvidos na resistência nos conflitos disseminados por todo o território paranaense. “É uma forma de fortalecer estratégias de resistência territorial dos mesmos”, comenta.

O material produzido por meio do projeto tem uma rede de ação, com distribuição de material informativo e didático para escolas, professores, pesquisadores, entidades, universidades, movimentos sociais entre outros. “Desse modo, há um diálogo com camponeses e povos tradicionais na luta pela/na terra/território”.

Além das ações elencadas pelo professor, o projeto contribui na promoção de cursos de formação, eventos e reuniões; presta assessoria a camponeses, povos tradicionais e movimentos sociais. “O Observatório tem se proposto a articular e ampliar o caráter de divulgação das temáticas relacionadas à questão agrária no Paraná, construindo uma base de dados com notícias, artigos, dissertações e teses, promovendo debates nas universidades, territórios das comunidades, assentamentos rurais e locais de formação dos movimentos sócias”.

Os pesquisadores realizam reuniões mensais (por videoconferência) e a reuniões anuais (presenciais) dos integrantes, bem como evento científico realizado anualmente (Jornada de Pesquisas sobre a Questão Agrária no Paraná). “São diferentes movimentos sociais de luta pela terra e pelo território no estado, assim conseguimos maior proximidade com os saberes acumulados pelas comunidades rurais”.

Conforme o pesquisador, o projeto tem atuado como articulador da relação entre Universidade e comunidades rurais diversas, produzindo materiais informativos e didáticos “assim melhoramos as estratégias de comunicação dos resultados e propiciamos de construção de pautas conjuntas tanto de pesquisa como na extensão.

Mais informações podem ser obtidas no site (http://questaoagrariapr.blogspot.com/)

Os interessados em obter informações detalhadas podem acessar publicações nos seguintes sites:
www2.fct.unesp.br/nera/boletimdataluta/boletim_dataluta_6_2018.pdf; www5.unioeste.br/eventos/seu/anais/XIX_SEU_Anais.pdf
www5.unioeste.br/eventos/seu/anais/XVIII_SEU_Anais.pdf
www5.unioeste.br/eventos/seu/anais/XVII_SEU_Anais.pdf
Os relatórios do dataluta podem ser obtidos no site http://www.fct.unesp.br/#!/pesquisa/dataluta/periodicos-dataluta/relatorio-dataluta/brasil/

*Dataluta é organizado a nível nacional com a participação de várias universidades.

P
or Mara Vitorino
Observação: As reuniões foram desenvolvidas antes da Pandemia da COVID-19

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