Unioeste promove atividades no Sistema Prisional em Francisco Beltrão
Em setembro de 2019 o projeto intitulado “Grupo de Apoio aos Profissionais de Enfermagem Atuantes no Sistema Prisional”, coordenado pela professora Lirane Elize Defante Ferreto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) de Francisco Beltrão, idealizado pelo Grupo de Estudos em Saúde Coletiva, realiza atividades a fim de estabelecer um espaço de acolhimento, escuta e troca de saberes entre profissionais da enfermagem com colaboradores externos, sobretudo aqueles das áreas da Psicologia/Psiquiatria/Ciências do Bem-Estar.
De acordo com Ferreto, “a emergência de uma rede de colaboração entre profissionais, setor-saúde e academia, com vistas à promoção de saúde psicológica e prevenção de sofrimento psíquico e elaborar, testar e avaliar a eficácia de técnicas psicológicas de manejo do estresse e fomento de habilidades resilientes e autoeficácia junto dos profissionais participantes do programa” diz.
O projeto possui três membros: Lirane Elize Defante Ferreto (coordenadora farmacêutica); Guilherme Welter Wendt (docente psicólogo); Joice Schultz (docente psicólogo). A equipe promove as atividades todas as últimas quintas-feiras, e também conta com a possibilidade de interação diária pelo WhatsApp.
A metodologia adotada pelo grupo envolve os seguintes recursos psicológicos e psicoterapêuticos: Grupo de apoio; Psicoeducação; Biblioterapia e videoterapia; Técnicas vivenciais; Tarefas de casa; Criação de um grupo de apoio virtual. Liriane comenta a importância desse trabalho com os participantes, “promover benefícios na saúde física e psicológica, aumento do uso de técnicas de mindfulness e técnicas espirituais de bem-estar e melhor aceitação das mudanças que ocorrem durante a atuação no setor penitenciário, reduzindo o impacto negativo dos mitos acerca do autocuidado” complementa.
Com o mundo enfrentando a pandemia da Covid-19, o projeto sofreu alterações. A coordenadora explica que “as atividades presenciais foram suspensas devido a necessidade de isolamento frente ao elevado risco de disseminação dentro do sistema prisional. As ações estão sendo discutidas pelo WhatsApp e estão sendo planejadas atividades virtuais junto aos profissionais de saúde” fala.
Na visão de Ferreto, a ação contribui diretamente para que estratégias de saúde pública possam ser identificadas e implementadas, podendo servir como referência para os profissionais de saúde vinculados a outras unidades prisionais do território brasileiro. “Acreditamos que essa é uma oportunidade da universidade se interagir através do diálogo com os profissionais de saúde para incrementar o ensino e a pesquisa” finaliza.
Por Luis Gustavo
Por Luis Gustavo
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