Unioeste Foz: Ações de enfrentamento à Covid-19 incluem call center e barreiras sanitárias

A atual pandemia do coronavírus alterou a rotina dos cursos e a formação dos acadêmicos. Buscando auxiliar a sociedade no combate e enfrentamento à Covid-19, o curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Foz do Iguaçu, tem realizado projetos de extensão que envolvem a central de atendimento telefônico (call center) e as barreiras sanitárias.

A primeira ação desenvolvida foi o call center, que está vinculado a um projeto multi-campi coordenado pela Pró-Reitoria de Extensão, também presentes nas cidades de Cascavel e Francisco Beltrão. Segundo o coordenador local do projeto, professor Dr. Marcos Augusto Moraes Arcoverde, inicialmente, a central foi pensada para passar informações sobre a doenças, serviços de saúde e cuidados durante o isolamento, mediante o tradicional serviço de 0800. 

Porém, o avanço da Covid-19 e o potencial de transmissibilidade exigiu que a ação fosse além da orientação. Dessa forma, desde os primeiros dias do call center, buscou-se que a central tivesse contato com o serviço de referência, possibilitando que na mesma ligação, conforme a necessidade do paciente, o atendimento seja repassado para o Hospital Municipal Padre Germano Lauck.

Marcos explica que em um segundo momento, a central também foi integrada à plataforma de telemedicina da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). “Esse movimento ocorreu em todas as centrais de atendimento das universidades estaduais do Paraná. Por essa plataforma que atende o Paraná inteiro, o usuário ao baixar o aplicativo pode passar algumas informações sobre a sua saúde, sendo encaminhado para um dos atendentes das centrais e, conforme avaliação, será encaminhado para o médico, também pelo aplicativo”.

O professor conta que por último, a central de Foz do Iguaçu absorveu a demanda do aplicativo CovidPR, que foi desenvolvido por professores e alunos do curso de Ciência da Computação do campus de Foz do Iguaçu. “No aplicativo, o usuário também faz a sua auto-avaliação, e a partir das informações cadastradas, a pessoa pode ser classificada como Suspeito ou Alto Suspeito, o que gera um alerta para os atendentes da central”. Em seguida, um dos atendentes faz o contato telefônico, fazendo uma avaliação profissional com o paciente, e conforme o diagnóstico inicial, a pessoa pode ser apenas orientada quanto à cuidados ou encaminhada na mesma ligação para a avaliação pelo serviço de referência.

Barreiras Sanitárias

As barreiras sanitárias foram criadas no município de Foz do Iguaçu em pontos estratégicos e foram ampliadas, recentemente, em razão do relaxamento do isolamento social em virtude da abertura de setores como comércio e turismo. Desde o início, essa ação vem sendo desenvolvida pelo conjunto de instituições de ensino superior inseridas no município de Foz do Iguaçu. 

Mais uma vez, o curso de Enfermagem da Unioeste não ficou de fora e passou a integrar as equipes das barreiras sanitárias. O professor Marcos explica que os acadêmicos realizam uma série de ações relacionadas ao atendimento. “Os alunos ao abordarem os motoristas ou viajantes, verificam a temperatura corpórea, fazem o cadastro online (formulário da Secretaria Municipal de Saúde) para controle das pessoas em trânsito na cidade e passam orientações sobre a Covid-19 e serviços de referência (aplicativo, central de atendimento e hospital)”.

Dentre as barreiras, destacam-se as localizadas na Ponte da Amizade, na Aduana com a Argentina, no Ceasa, na BR 277, no posto da Polícia Rodoviária Federal, na rodoviária e no aeroporto. Os alunos que integram a equipe das barreiras sanitárias são voluntários e coordenados pela professora Dra. Mara Cristina Meira Ripoli.

Ao todo, estão envolvidos nas ações das barreiras 26 alunos da graduação e na central de atendimento 12 alunos da graduação e 3 de mestrado (Saúde Pública em Região de Fronteira).

Texto: Ana Cauneto