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Huop 31 anos: Doação de órgãos é destaque no Paraná

Huop 31 anos: Doação de órgãos é destaque no Paraná

Mesmo com a pandemia da Covid-19, o Paraná mantém a liderança no ranking nacional de doação de órgãos no primeiro trimestre de 2020. O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) faz parte dessa estatística e acompanhou, de abril de 2019 a abril deste ano, a doação de 101 órgãos. 

A doação de órgãos é realizada após o consentimento legal da família. A enfermeira Gelena Versa conta que atualmente entrevistas são feitas com as famílias de todos os óbitos que forem potenciais doadores. “Nós avaliamos todos os óbitos, e se tiverem os critérios, fazemos a entrevista. Fazemos o acolhimento e acompanhamento da família desde o início do diagnóstico, sendo devidamente orientada por profissionais qualificados”.

Durante este período de um ano, do total de entrevistas realizadas pela Comissão Intra – Hospitalar de doações de Órgãos e Tecidos para Transplantes – CIHDOTT do Huop, houve aproximadamente 80% de aceite familiar para doação de órgãos e cerca de 20% recusas.

Dessas entrevistas, 56,25% ocorreram aos familiares de pacientes com Morte Encefálica. Do total de aceites, foi possível realizar a captação de 71 órgãos. Sendo eles: 18 córneas; 30 rins; 11 fígados; 1 coração; 4 valvas cardíacas; 4 pulmões e 3 pâncreas.

A Comissão também realiza entrevistas aos familiares de pacientes de Parada Cardiorrespiratória. Nesse caso, foram 43,75% das entrevistas e, com as autorizações, foi possível a captação de 30 córneas.

Captação de pulmão é histórica

Só neste ano, já foram realizadas duas captações de pulmão no Huop. É um número considerável num curto espaço de tempo, visto que a doação de pulmão é a mais rara.

Como o paciente não pode ter nenhuma lesão pulmonar, muitas pessoas não conseguem doar, mesmo com a autorização da família. A enfermeira explica que “Os pacientes com morte encefálica, possuem uma alta taxa de politrauma, que afetam o órgão. Como as equipes estão evoluindo no manejo de potencial doador, estamos colhendo esses frutos e esse ano tivemos essa captação dupla de pulmão”.

Covid-19

Neste ano a pandemia da Covid-19 mudou o mundo. Assim como em várias áreas, o processo de trabalho no Huop foi adaptado. Com a redução do acesso das pessoas devido à restrição das visitas, a tecnologia (celular, whatsapp) está sendo utilizada para atender as necessidades de informação da família do potencial doador.

Elaine Padilha, coordenadora da doação de órgãos do Huop, afirma que há uma grande preocupação com a segurança na doação, no que se refere à transmissão da Covid-19 com o transplante. “Diante disso, há uma determinação de realização do exame em todos os potenciais doadores no Estado do Paraná”.

A possibilidade de alguém estar contaminado, mas ser assintomático, faz com que o processo seja ainda mais criterioso. Segundo Elaine, isso pode fazer com que se tenha menos disponibilidade de órgãos para transplante. “Nesse momento de pandemia, a solidariedade das pessoas em autorizar a doação de órgãos é ainda mais importante, pois as listas de espera por um transplante não deixaram de aumentar”.

No próximo dia 31 de Maio, o Hospital Universitário do Oeste do Paraná - Huop, completa 31 anos de história. Neste período, o hospital cresceu muito, se desenvolveu, transformou-se de Regional para Universitário, e com muito trabalho e responsabilidade, é considerado um dos maiores e melhores hospitais públicos do Paraná, atendendo atualmente uma área de 2 milhões de habitantes. Essa matéria faz parte de uma série de reportagens sobre a importância da assistência, ensino e pesquisa no Huop, essencial na vida dos paranaenses.

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