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Projeto de extensão: Unioeste produz Tabela Periódica em Braile

O projeto de extensão Tabela Periódica para alunos com deficiência visual iniciou em 2008 quando um grupo de quatro acadêmicas do curso de Química da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Toledo, pensou em como inserir a química à estudantes cegos e de baixa visão.


No início, partes da tabela periódica foram montadas com moldes de papelão e elementos químicos foram impressos numa máquina Perkins (que escreve em braile). O projeto foi sendo remodelado. Após o papelão, foi feito em gesso, depois em resina com moldes de silicone e hoje nas impressoras 3D, tudo no intuito de desenvolver um material que fosse manipulado pelos alunos, e que promovesse o contato com o conteúdo da Tabela Periódica, que é extremamente visual.


Na etapa das resinas, a tabela foi criada em placas de resina cristal, onde cada placa era uma família dos elementos químicos, e uma barra dessa mesma resina, onde constava a distribuição eletrônica de Linus Paulling. “Esse material foi utilizado pela aluna Sara do CEEBJA de Toledo, onde a mesma nos ajudou a corrigir erros de digitação e ao mesmo tempo tinha aulas com as acadêmicas sobre ciências e introdução à química”, explicou o coordenador do projeto, professor Marcos Freitas.


Atualmente, cada elemento químico é uma peça, impressa em filamento ABS, doado ao projeto pela empresa 3D Filamentos, que contém nome do elemento, família, número atômico, período e massa, impressos em Braille. Serão impressas 180 peças, que estão em produção e mais uma maleta para guardar as peças.


Jaqueline Portes Pagnoncelli, acadêmica do curso de Química afirma que sua função no projeto é desenhar as peças de cada elemento, totalmente em Braile. “O projeto foi uma parte da faculdade muito importante para mim, pois eu pude aprender mais sobre a necessidade dos outros e acabar transformando a dificuldade em algo acessível”.


O professor Marcos Freitas conta que neste ano, será retomado o contato com o CEEBJA e com as alunas Sara e Juliane, que se disponibilizaram a participar do projeto, ambas estudantes do Ensino Médio. ”A importância do projeto se baseia na inclusão social. Nos deparamos com a dificuldade que os cegos tinham para tentar entender, estudar e compreender a química, principalmente a tabela periódica, que é um elemento didático extremamente visual. Poder traduzir isso para um material prático e benéfico, que consiga transmitir a importância da tabela periódica dentro dos estudos da química, para nós é muito gratificante”, finaliza.

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