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Unioeste sedia fórum e seminário sobre enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes

O auditório Arnaldo Busato, no campus de Cascavel da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), sediou nesta sexta-feira (16) o 20º Fórum de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e o 4º Seminário “Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes: da Prevenção à Denúncia”.

Profissionais das áreas da educação, serviço social, segurança e justiça participaram do evento, que teve como objetivo debater estratégias de enfrentamento à pedofilia. O fórum faz parte da programação do Maio Laranja, campanha criada para mobilizar a sociedade na defesa dos direitos de crianças e adolescentes.

“Maio é o mês em que a mobilização se intensifica, mas, durante todo o ano, a Unioeste oferece atendimento por meio do Núcleo de Estudos e Defesa dos Direitos da Infância e da Juventude (NEDDIJ), que presta serviços como assessoria jurídica para famílias de baixa renda e formação continuada. O objetivo é prevenir e combater esse mal que assola a sociedade”, destacou a coordenadora do NEDDIJ em Cascavel, Andréa Cristina Martelli.

Para o diretor do Centro de Educação, Comunicação e Artes da Unioeste, Valdecir Soligo, encontros como esse são fundamentais. “Estamos possibilitando que a sociedade compreenda a importância não apenas da punição, mas principalmente da prevenção. Queremos, de fato, conscientizar a população sobre a necessidade do combate e da denúncia”, enfatizou.

O evento contou ainda com a palestra de Dani Zeponi, especialista em Psicologia Jurídica, que reforçou a importância de observar mudanças de comportamento em crianças e educá-las para reconhecer situações de risco. “Como pais, precisamos ter sensibilidade e acolhimento para perceber o que nossas crianças estão expressando. É importante prestar atenção à fala, aos comportamentos, aos sinais físicos — e até à intuição. A violência modifica nossas crianças, e entender isso é essencial”, comentou.
Segundo dados da Política de Assistência Social de Cascavel, em 2024 foram identificados 168 casos de abuso sexual e 4 de exploração sexual contra crianças e adolescentes. A maioria dos casos envolveu adolescentes de 12 a 17 anos (105 registros), seguidos por crianças de 7 a 11 anos (47 casos) e de 0 a 6 anos (20 registros).

Em 2025, até o dia 5 de maio, foram registrados 26 casos de abuso sexual. Destes, 25 envolvem vítimas do sexo feminino e 1 do sexo masculino. A região Sul do município concentra o maior número de ocorrências, com 11 casos (cerca de 42% do total), seguida pelas regiões Oeste (9) e Leste (6).
“Precisamos convocar a sociedade, as famílias e toda a rede de proteção para orientar as crianças sobre o respeito e a inviolabilidade de seus corpos. Infelizmente, a maioria dos casos de violência sexual ocorre dentro das próprias famílias”, explicou o promotor de Justiça Luciano Machado.
Luciano ressaltou a importância de ensinar às crianças que seus corpos devem ser respeitados, para que possam identificar situações de abuso e buscar ajuda junto à família ou à rede de proteção.

“Somente nos primeiros meses deste ano, 26 casos foram registrados em Cascavel. E esse número pode ser ainda maior, pois sabemos que há muitas dificuldades para realizar denúncias. O evento de hoje tem como foco capacitar os profissionais da rede, para que possam repassar esse conhecimento às famílias que atendem diariamente”, destacou a secretária de Assistência Social, Poliana Lauther.

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