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Unioeste recebe comitiva da França para apresentação da Validação das Competências Adquiridas pela Experiência

Na manhã desta quinta-feira (27) a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) recebeu uma comitiva da Université de Technologie de Compiégne (UTC) da França para a apresentação da Validação das Competências Adquiridas pela Experiência (VAE). A atividade integra a programação da Missão Técnica Francesa da UTC, promovida em parceria com a Fundação Araucária, e tem como objetivo apresentar o modelo francês de reconhecimento formal de competências profissionais adquiridas pela experiência, consolidado ao longo de mais de duas décadas na França.


A metodologia VAE constitui um dispositivo institucional que permite o reconhecimento formal de competências profissionais desenvolvidas ao longo da trajetória laboral de um indivíduo, possibilitando a obtenção de diplomas e certificações acadêmicas com base na experiência profissional comprovada e avaliada segundo critérios rigorosos estabelecidos pelas instituições de ensino.

Segundo Nilceu Jacob Deitos, Assessor da Presidência da Fundação Araucária, a metodologia é a validação das competências adquiridas pela experiência, ou seja, pessoas que têm alta competência nas suas áreas, mas não foram tituladas. “É uma metodologia que visa localizar essas pessoas, esses talentos, faz um processo de avaliação com um júri muito criterioso, esse corpo de jurados que é formado pela Academia, faz uma análise extremamente criteriosa e habilita ou inclui esses profissionais como titulados”, explica.

A comitiva que está apresentando a validação, e formada por Magdalena Villete, Direction à la Formation et à la Pédagogie, Ingénieur d'Études Hors Classe e Etienne Arnoult - Directeur adjoint à la formation de l'UTC. Durante a semana, os professores estiveram por várias cidades do Paraná para apresentar a VAE nas Universidades, começando pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), partindo para a Universidade Estadual do Centro do Paraná (Unicentro), Unioeste e por fim, irão à Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).

Etienne explica que a VAE permite a pessoa que não tem um diploma de obter esse diploma, mas de maneira diferente. “Notamente, vamos reconhecer as competências que essa pessoa aprendeu, que ela aprendeu durante os anos de trabalho profissional. E se as competências são as mesmas que as competências de um diploma, então essa pessoa pode obter o diploma. Basicamente, essa V.A.E., que é a validação dos conhecimentos adquiridos pela experiência”.

“A VAE, na verdade, é uma terceira forma de acessar o diploma. Então há a formação inicial, a formação contínua e também a VAE. É uma terceira forma de ter um diploma. Então tem uma forma inicial, você tem uma forma acadêmica, tradicional, e essa é mais uma, é uma terceira via que se abre para a pessoa ter uma certificação”, completa Magdalena.
Para a Unioeste, o workshop é de grande valia para conversas futuras sobre a estruturação da Universidade. “A validação por experiência é um caminho muito interessante e eu penso que a Unioeste deve considerar com bastante propriedade esse processo, tendo em vista que estamos em uma região que precisa muito da presença da Universidade na formação de mão de obra qualificada, de recurso humano qualificado”, diz Aparecida Darc de Souza, Pró-Reitora de Graduação da Unioeste.

Contextualização Histórica

O sistema VAE teve sua origem na França no início dos anos 1980, com as primeiras experiências de reconhecimento de aprendizagens experienciais no ensino superior. O marco regulatório fundamental foi estabelecido com a Lei de Modernização Social de 17 de janeiro de 2002, que institucionalizou a VAE como direito individual, permitindo que toda pessoa com pelo menos três anos de experiência profissional pudesse solicitar a validação de suas competências para obtenção de diplomas ou títulos profissionais.

Desde então, o modelo francês tornou-se referência internacional, influenciando políticas educacionais em diversos países europeus e servindo como base para as diretrizes do Processo de Bolonha no que tange ao reconhecimento de aprendizagens prévias. A evolução do conceito acompanhou as transformações do mundo do trabalho, tornando-se cada vez mais relevante em um contexto de acelerada mudança tecnológica e necessidade de formação continuada ao longo da vida.

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