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Central de Notícias

Cientista Ana Bonassa defende a comunicação como arma da desinformação

“Enquanto você vigia o TikTok, o negacionismo faz dancinha”. Com essa provocação, a bióloga doutora em Ciências Ana Bonassa iniciou a palestra de abertura do 1º Unioeste Integra, na segunda-feira (3) à noite, no campus Toledo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). A conversa com a cientista foi mediada pela jornalista Kellee Imperator.

Ela é co-fundadora do perfil "Nunca vi 1 Cientista", no qual desenvolve trabalho de comunicação científica, com produção de conteúdo com linguagem adaptada para população em geral. De acordo com a cientista, não faltam nas redes sociais perfis de “especialistas” espalhando desinformação sobre ciência, com objetivo de vender protocolos de saúde.

“É importante estar nas redes porque a desinformação já está lá. Então, precisamos estar também batendo um papo, contar histórias de forma engajante para que as pessoas se conectem com as nossas histórias”, explica.

Ela conta que é possível fazer um bom trabalho de divulgação científica de forma mais leve com brincadeiras, vídeos, memes, música, paródia. Falar de ciência, das inovações, do que acontece dentro do laboratório, falar para as pessoas sobre o método porque quando elas não entendem o que de fato é ciência, elas ficam vulneráveis a pseudociência que tem a mesma cara da ciência, os mesmos jargões, a mesma fala difícil, só que ela não tem um método. Quando as pessoas entendem que ciência precisa de tempo, precisa de verba, de pessoas, ela vai estar mais protegida a cair em picaretagem”, defende.

Para isso, ela fala sobre a importância das agências de fomento e como o analfabetismo científico gera antipatia à ciência e seu financiamento. Para reverter o negacionismo, Ana diz que utilizar as redes de maneira enfática e criativa, baseada em conhecimento e em validações, é o caminho para combater a desinformação científica.

Além de Ana Bonassa, o 1º Integra Unioeste terá outras palestras, workshops, apresentações de painéis,relatos de experiências e atividades culturais que envolverão professores e acadêmicos dos campi de Cascavel, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon e Toledo. O evento segue até sexta-feira (6), no campus Toledo da universidade.

Texto: Daniela Neves

Fotos: Luciano Palagano

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