Simulador de idade avançada promove empatia e conscientização sobre envelhecimento saudável 

O processo de envelhecimento é natural e, muitas vezes, pouco compreendido por quem ainda não vivencia as transformações físicas e sensoriais que ele traz. Pensando nisso, a professora Joseane Faller do curso de enfermagem do campus de Foz do Iguaçu da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) explica que o Simulador de Idade Avançada foi criado para proporcionar uma experiência imersiva e educativa. 

“O simulador de idade avançada é uma roupa que reproduz as alterações do processo de envelhecimento normal. A partir dela, conseguimos sentir em primeira pessoa as mudanças no andar, no movimento, nas dificuldades de visão, audição e na sensibilidade tátil que ocorrem com a idade. O objetivo é despertar empatia: quando vivenciamos essas limitações, passamos a olhar para as pessoas idosas de forma diferente, entendendo que são alterações naturais do envelhecimento. Ao mesmo tempo, percebemos que é possível preveni-las e ter uma velhice mais saudável, com menos limitações e maior autonomia”, explica Joseane. 

O projeto surge em um contexto importante: o Paraná e o Brasil vivem um acelerado processo de envelhecimento populacional. Nas últimas quatro décadas, o número de idosos no estado passou de 376 mil para mais de 1,7 milhão em 2019 — um crescimento quatro vezes e meia maior, com projeções que indicam aumento contínuo. Atualmente, 1,5 em cada 10 paranaenses tem mais de 60 anos, o que reforça a necessidade de novas estratégias de promoção da saúde e prevenção de agravos. 

A iniciativa busca fortalecer a Rede de Atenção à Saúde (RAS), atualizando conhecimentos e oferecendo ferramentas de gestão da qualidade e tecnologias clínicas para aprimorar a atenção à saúde da pessoa idosa. Com isso, pretende-se contribuir para um envelhecimento mais ativo, saudável e digno, promovendo não apenas a longevidade, mas também a qualidade de vida da população.