A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), por meio do Núcleo de Pesquisa em Geotecnologias e Ciência de Dados (GeoScience), está na linha de frente do desenvolvimento de soluções tecnológicas voltadas ao agronegócio. A equipe atua com drones de imageamento e pulverização aliados a técnicas avançadas de processamento de imagens, capazes de transformar o modo como produtores acompanham e manejam suas lavouras.
Essas tecnologias permitem um monitoramento detalhado das plantações, oferecendo informações rápidas e precisas para apoiar a tomada de decisão no campo. Com isso, é possível otimizar o uso de insumos, reduzir custos, aumentar a produtividade e promover práticas mais sustentáveis.
E durante o Paraná Faz Ciência que encerra nesta sexta-feira (3) em Guarapuava, o núcleo apresenta equipamentos e protótipos, como drones de pulverização e de mapeamento, que evidenciam o potencial da agricultura de precisão no estado. Segundo o acadêmico João Vitor Lemos de Souza, o processo é integrado: “Os drones de mapeamento detectam plantas com doenças ou outros problemas. A informação é processada pelo software e repassada ao drone de pulverização, que aplica o produto de forma direcionada. Isso gera economia e maior eficiência no controle da lavoura.”
Além dos drones, o GeoScience também desenvolve plataformas digitais para apresentar mapeamentos, dados estatísticos e aplicações voltadas a índices de vegetação, fortalecendo a conexão entre pesquisa e práticas aplicadas no campo.
Outra inovação da Unioeste em destaque é o GeoConnect: An Immersive VR Game for Learning Brazilian Geography, desenvolvido por membros do Laboratório de Computação Gráfica (LabCG) no campus de Foz do Iguaçu. O projeto utiliza realidade virtual para apoiar o ensino de conceitos cartográficos de forma lúdica e interativa, alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
No jogo, os participantes encaixam regiões, estados e siglas no mapa do Brasil em uma experiência imersiva com feedback visual, auditivo e tátil. “É um jogo que exige atenção e raciocínio espacial. A experiência é única, porque você se sente dentro do jogo, diferente dos modelos tradicionais de aprendizagem”, comentou Marcos Oliveira de Souza, acadêmico do 3º ano de Ciência da Computação.