O Engenheiro Mecânico Eduardo Camilo Marques de Andrade, que trabalha na multinacional Whirlpool Corporation, é formado pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) na turma de 2018, com Mestrado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com ênfase em Ciências e Engenharia Térmica.
A Whirlpool Corporation é líder global no mercado de eletrodomésticos. No Brasil, é dona das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid. Eduardo é engenheiro de CFD (Computational Fluid Dynamics) na categoria de Cooking (fogões, fornos e cooktops) e responsável por fazer simulações dos produtos e novos projetos, testando conceitos e ajudando a solucionar desafios técnicos. Trabalha na unidade de Joinville (SC). “A natureza do meu trabalho está bastante relacionada aos conceitos de transferência de calor e termodinâmica, então é esperado que eu seja um especialista em solucionar problemas nessa área”, conta.
A atividade em CFD pode ser vista como a intersecção de três grandes áreas: Matemática Aplicada, Computação e Física (mecânica dos fluídos e transferência de calor especialmente). Ou seja, haja estudo para se aperfeiçoar.
“É uma área bastante técnica, e por isso, é necessária uma forte base teórica, especialmente na parte física para interpretar os resultados, além de uma boa pós-graduação dedicada a isso costuma ajudar bastante”, comenta.
Andrade conta que teve na Unioeste duas experiências relevantes, que ajudaram na sua carreira: a iniciação cientifica sobre vidros, que ajudou a abrir portas para o mestrado, e a participação no Grupo Cataratas de Eficiência Enérgica (GCEE), importante para que ele desenvolvesse a capacidade de trabalho em equipe. “A Engenharia em uma instituição como a Unioeste ensina o profissional a enfrentar problemas com resiliência. Além da formação teórica, a universidade ajudou a me tornar um profissional mais dinâmico, capaz de resolver problemas de diversos tipos”, conta.
Quando terminou a graduação, não tinha certeza de qual caminho trilhar, se o acadêmico ou mercado, por isso resolveu investir na pós-graduação. Mas, todo o estudo contou como parte da carreira, que exige mais do que uma “corrida de 100 metros”. “A carreira é uma maratona”, compara.
Aos acadêmicos de Engenharia, Eduardo aconselha definir qual área quer seguir - manutenção, produto, gestão, acadêmica, entre outras - e procurar oportunidades nela, em um primeiro momento não focando tanto em salário e localidade. “O mais importante nos primeiros anos de carreira é acumular experiências e se conhecer como profissional”, diz. E, ainda, aprimorar a língua inglesa o mais rápido possível, pois boa parte das melhores oportunidades exigem um inglês capaz. É o caso dele, que em seu perfil no LinkedIn declara ter Inglês fluente e apto a trabalhar com equipe internacional.