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Unioeste: Engenharia Civil do Campus de Cascavel celebra 30 anos de implantação

O curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), do Campus de Cascavel, comemora nesta sexta-feira (8), 30 anos de sua criação. O evento realizado no auditório do Conselho Universitário (COU) reuniu reitores, professores, acadêmicos e autoridades políticas. A programação contou com palestras, homenagens, aula magna, painéis técnicos e o lançamento do IV Concurso de Pontes de Espaguete. 

O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, parabenizou os 30 anos do curso, que tem a mesma idade da Unioeste e é uma referência no estado. Com todos esses anos de história, a Universidade conquistou laboratórios mais modernos do curso de engenharia. “Isso é resultado de um esforço do governo do estado para formar cada vez mais com excelência”, destacou o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona.

O professor Ricardo Rocha, assessor da SETI, está presente no curso desde antes de sua criação, quando ele ainda era sonho, e conta como é poder estar comemorando os 30 anos de Engenharia Civil hoje. “É muita emoção, especialmente para quem acompanhou toda essa história. Eu trabalhei desde antes do primeiro dia do curso, nós trabalhamos o projeto político pedagógico do curso, que foi uma parceria com o Oeste e as associações de engenheiros, o projeto que a sociedade quis, que foi aceito pela Universidade e implantado, eu trabalhei na comissão. Eu acho que hoje a emoção é ver os colegas, e a participação dos egressos, que são profissionais que trabalham em obras de marco, sendo professores, isso nos enche de orgulho. São profissionais que estão modificando o mundo com o profissionalismo”.

Segundo o coordenador de Engenharia Civil da Unioeste, professor Ricardo Lessa, o curso atinge suas primeiras décadas desde a implantação, em um momento de consolidação no cenário universitário brasileiro, acompanhando o que também se verifica com a própria Unioeste. Ao longo desses 30 anos, centenas de profissionais formados pelo curso têm ocupado posições de destaque, seja em construtoras e outras empresas do ramo da indústria da construção civil, como também em instituições de pesquisa e universidades.

“Hoje vemos o curso proporcionando inovação, estimulando empreendedorismo e deixando um bonito legado humano. O Engenheiro Civil formado pelo curso torna-se, portando, agente de transformação em nossa sociedade. Essa é a responsabilidade da Engenharia Civil, quebrar os paradigmas do passado e formar engenheiros para os desafios do futuro”, ressalta o coordenador.

Nesses 30 anos de história, o curso formou profissionais renomados, que hoje vemos bem-sucedidos pelo Brasil inteiro. Com isso, o mérito de uma Universidade de qualidade. “Temos que comemorar muito, o curso de Engenharia Civil faz parte da primeira parte de expansão da Unioeste, logo depois o reconhecimento. O curso de Engenharia Civil era um sonho para a sociedade e uma luta de classe aqui para reforçar o papel da Engenharia, hoje temos formandos espalhados pelo Brasil, em grandes construtoras, no setor público, no setor privado, egressos na nossa Universidade, então isso mostra a importância de uma Universidade no desenvolvimento regional. O que nos deixa ainda mais contentes é encontrar tantos egressos ocupando diversos espaços na sociedade, e muitos deles voltando para nossa Universidade como docentes ou agentes universitários”, destacou o reitor da Unioeste, Alexandre Almeida Webber.

Já o diretor do Campus de Cascavel, professor Geysler Roger Flor Bertolini, destacou a importância do curso para o desenvolvimento regional. “O curso de Engenharia Civil da Unioeste é muito importante para toda a região, justamente pela capacitação de engenheiros civis que contribuem diretamente para o crescimento regional. Oficialmente, temos o Projetek, que é um programa implementado pelo curso e institucionalizado pelo Governo do Estado. Sem dúvidas, é uma das grandes contribuições que oferecemos, por meio dos nossos professores e acadêmicos, às cidades da região”.

Quem também esteve presente falando com orgulho do curso e da nossa Universidade, foi o diretor administrativo da Mútua, Ronald Peixoto Drabik, que lembra da luta coletiva que originou o curso. “Associativismo, parcerias, entidades de classe, conselhos profissionais... tudo isso foi fundamental para que o curso de Engenharia Civil na Unioeste acontecesse. A bondade das entidades, junto com a Associação de Engenheiros e Arquitetos de Cascavel, foi essencial. Defendemos no CREA a necessidade de a região ter esse curso, e fomos compreendidos. Hoje, celebramos 30 anos de sua existência”.

A presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Cascavel, (AEAC), Bruna Anible Sost, reforçou o papel da Unioeste na formação de líderes. “A Unioeste não apenas formou profissionais, ela moldou líderes que hoje atuam com destaque no setor público, privado e também na nossa associação. A AEAC tem orgulho de ter caminhado junto à Universidade ao longo desses anos em parcerias e projetos que fortaleceram nossa classe. Muitos dos egressos da Unioeste seguem contribuindo ativamente na AEAC. Enquanto a Universidade forma, a AEAC acolhe e representa. Juntos, zelamos por uma engenharia responsável e comprometida com a sociedade”.

O evento contou com a presença de diversas entidades que representam a classe entre elas o CREA – PR (Conselho Regional de Engenharia do Paraná), representada pelo presidente, Clodomir Luiz Ascari. ““Esse é um momento histórico para a Instituição e o CREA não poderia estar ausente desta celebração. Sabemos que um curso como este muda a vida do indivíduo e da sociedade. Temos muito orgulho de contar com essa universidade formando profissionais de excelente referência”.

O vice-presidente do Sinduscon Oeste, Vinicius Lorenzi, que também é egresso da Unioeste, complementa: “O Sinduscon foi um dos maiores incentivadores para que esse curso se tornasse realidade. É um grande orgulho ver essa história. Eu, como egresso, me sinto realizado por ver a instituição de ensino atenta ao mercado. Precisamos aproximar ainda mais a Universidade das empresas e das entidades”.

Além disso, quem também ganha com toda a excelência do curso, sem dúvidas é o município de Cascavel, que acolhe o campus da Universidade. Com isso, o vice-prefeito da cidade, Henrique Mecabô, comemorou a conquista junto com a Unioeste, e compartilhou um pouco de sua experiência com egressos. “Membros do secretariado da prefeitura de Cascavel passaram pelo curso de Engenharia Civil da Unioeste, e isso faz toda a diferença na gestão da cidade. Eu mesmo cursei dois anos do curso antes de mudar para a Ciência Política e sei o quanto esses 30 anos representam”.

Histórico de expansão e estruturação

A trajetória da Engenharia Civil no Paraná é dividida em quatro fases. O curso da Unioeste foi implantado no terceiro período, de expansão gradual (1995-2007), quando se somou a outros 15 cursos, predominando ainda as instituições públicas. Até o final dos anos 1970, apenas a UFPR oferecia o curso. A segunda fase (1975-1995) trouxe a interiorização, com criação de cursos na UEL, UEM, UEPG e na PUC-PR. A partir de 2008, a expansão intensa da rede privada passou a predominar.

Na Unioeste, o curso iniciou com 40 vagas anuais, período integral, e regime seriado anual. O primeiro Projeto Político Pedagógico previa ênfase em Engenharia de Produção, com formação básica em “Engenheiro Civil Pleno” e uma complementação gerencial. As disciplinas específicas se estendiam até o primeiro semestre da 4ª série, com o segundo semestre destinado ao Estágio Supervisionado (240h). A 5ª série incluía disciplinas complementares e o Trabalho de Conclusão de Curso (120h). Já se previa também carga horária obrigatória em atividades complementares (180h).

Em setembro de 1995, o curso recebeu visita de peritos do Conselho Estadual de Educação, que destacaram o alto nível de engajamento da sociedade na sua criação. O parecer foi favorável, desde que seguidos os parâmetros do plano diretor da Universidade. Em março de 1996, a Câmara de Ensino Superior deu parecer favorável à implantação e convalidou os vestibulares e os estudos dos acadêmicos aprovados.

Nos anos seguintes, houve forte empenho do corpo docente e dos acadêmicos para garantir a consolidação do curso. Em 1998, os estudantes realizaram uma paralisação de dois dias, reivindicando investimentos em infraestrutura laboratorial. A mobilização teve como resultado o encaminhamento das demandas à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia.

O reconhecimento oficial do curso ocorreu em 1999, após visita da Comissão Verificadora, que indicou adequações no PPP. Em 1º de dezembro daquele ano, foi publicado o Decreto nº 1.599 do Governo do Paraná, reconhecendo o curso com 40 vagas anuais, período integral e regime seriado anual. A primeira turma colou grau em 4 de fevereiro de 2000, com 16 formandos.

Com a adoção do regime de matrícula por disciplina na Unioeste em 2000, foram definidos os pré-requisitos e co-requisitos. Em 2003, o PPP passou pela maior reformulação, eliminando a ênfase em Engenharia de Produção e ofertando especialidades como disciplinas optativas.

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