Acadêmicos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) participaram, entre os dias 17 e 25 de julho, da 6ª edição do Parlamento Universitário (PU), programa desenvolvido pela Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, por meio da Escola do Legislativo, com o objetivo de aproximar os estudantes universitários do funcionamento do Poder Legislativo estadual.
Nesta edição, o PU contou com 1.260 inscritos e a adesão de 28 instituições de ensino superior, das quais 26 indicaram representantes para atuação como parlamentares universitários. Ao todo, mais de 130 pessoas estiveram envolvidas nas atividades, divididas entre 54 deputadas e deputados universitários, suplentes, estudantes de comunicação e coordenadores.
Anderson de Lima, acadêmico do quinto ano de Direito no campus de Francisco Beltrão, participou da iniciativa e classificou a experiência como transformadora.
“Vivenciar, de forma prática e profunda, o processo legislativo foi uma verdadeira imersão no funcionamento da democracia. Mais do que compreender, nós vivemos cada etapa: desde a articulação política, a composição da mesa diretora, a atuação nas comissões — em especial a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que me marcou profundamente — até os intensos debates nas comissões temáticas. Discutimos ideias, enfrentamos opiniões contrárias e crescemos com cada confronto respeitoso e com cada nova perspectiva que nos foi apresentada”, destacou.
Durante o programa, foram elaborados 125 projetos legislativos por estudantes de diversas instituições, todos movidos por um ideal comum: acreditar no poder transformador da política. “Ver essa diversidade de propostas, todas pautadas pela seriedade e pelo desejo de contribuir com a sociedade, foi inspirador. Fazer parte disso, cercado de colegas tão comprometidos e engajados, foi um verdadeiro privilégio”, acrescentou Anderson.
Ele ressalta ainda que, por ser estudante de Direito, a vivência no PU teve um significado especial: “Estar ali, analisando na prática a competência das matérias, debatendo em audiências públicas, observando a retórica dos discursos e atuando efetivamente nas comissões, foi viver o Direito em sua essência”.
Marcely Marks dos Santos, acadêmica de Ciências Biológicas no campus de Cascavel, também considerou a experiência transformadora. “Vivenciar todo o processo legislativo, entender como tudo funciona, poder elaborar um projeto de lei e defendê-lo foi simplesmente único. Pude expressar meus ideais, compreender melhor como se constrói uma argumentação e, acima de tudo, crescer como pessoa e cidadã”, afirmou.
Ela completa: “Entrei nessa jornada como uma jovem cheia de sonhos e saí com mais convicção, maturidade e senso de responsabilidade. Como costumo dizer: entrei menina e saí mulher. Essa oportunidade me marcou profundamente e reforçou o quanto precisamos ocupar espaços de decisão com coragem, empatia e compromisso com o coletivo”.
A professora Janete Ritter, que acompanhou os estudantes da Unioeste durante o programa, destacou o impacto da vivência no processo de formação dos acadêmicos:
“A experiência parlamentar eleva a formação de nossos acadêmicos a outro patamar, pois exige deles não apenas conhecimento do assunto, mas também a capacidade de defender sua proposição. Além disso, vivenciar o funcionamento do Legislativo e ter a possibilidade de ver um projeto ou ideia apadrinhada por um deputado estadual é algo único”, ressaltou.
Sobre o Parlamento Universitário
O Parlamento Universitário tem como objetivo oferecer aos cidadãos, especialmente aos graduandos, o conhecimento e a vivência das atividades políticas do Parlamento. A proposta é aprimorar a relação entre Estado e sociedade civil, proporcionando experiências práticas dos processos político e legislativo. A vivência permite aos jovens compreender melhor o cotidiano de um deputado estadual, que vai muito além das sessões plenárias e da votação de projetos de lei, exigindo preparo, conhecimento e trabalho constante.
Com informações da Assembleia Legislativa do Paraná