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Pesquisadores na Unioeste desenvolvem curativo inovador com óleo essencial de pau d’alho

Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Toledo, avança no uso de recursos naturais para a área da saúde. Considerando as reconhecidas propriedades antimicrobianas do óleo essencial da planta Gallesia integrifólia, conhecida popularmente como pau d’alho, o estudo elaborado pela mestranda do programa de Pós-Graduação em Química, Bruna Alexandre, buscou desenvolver um curativo com ação antimicrobiana e potencial cicatrizante. 

O trabalho utilizou a técnica de eletrofiação para produzir nanofibras incorporadas ao óleo essencial, a partir de polímeros oleosos obtidos a partir das folhas, frutos e flores da planta que apresentam alta eficiência no combate a microrganismos, principalmente fungos e bactérias.  

Um dos dados mais relevantes do estudo foi a capacidade do curativo desenvolvido em inibir com maior eficácia a proliferação fúngica quando comparado ao antifúngico comercial anfotericina B, uma referência no mercado farmacêutico. Além disso, os resultados contra bactérias também se mostraram promissores, evidenciando o potencial da tecnologia para aplicações clínicas na cicatrização de feridas e no controle de infecções. 

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A pesquisa apontou ainda que os compostos de enxofre presentes nos óleos essenciais são os principais responsáveis pela ação antifúngica. Esses compostos penetram nas membranas celulares e mitocondriais dos microrganismos, levando à sua destruição estrutural e, consequentemente, à morte celular. 

O estudo representa uma contribuição importante da ciência paranaense para o uso sustentável da biodiversidade brasileira, aliando inovação, saúde pública e respeito ao meio ambiente. Para Bruna, a experiência na pesquisa foi transformadora. “É uma honra ter o apoio de uma rede pública e trabalhar ao lado de pessoas que dedicam suas vidas ao desenvolvimento da ciência. Desenvolver uma pesquisa, vivendo na pele o processo da construção de um material e lidando com todas as dificuldades, foi crucial para a construção da cientista que sou atualmente. E sem a Unioeste, sem o apoio dos meus colegas e da instituição pública, isso não teria sido possível.”  

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Para o orientador da estudante, professor Douglas Dragunski, é muito interessante a pesquisa em relação à incorporação de alguns extratos e óleos, principalmente a partir do pau d'alho. “Essa planta, que apresentou atividades antimicrobianas, gerou uma boa perspectiva para utilizar alguns desses materiais para curativos e para evitar o crescimento de micro-organismos”, diz. 

Com base nos resultados, os pesquisadores da Unioeste destacam o potencial das membranas à base de nanofibras como alternativa inovadora para a produção de curativos com propriedades antimicrobianas. O material desenvolvido mostrou-se mais eficiente do que soluções antifúngicas convencionais, abrindo novas possibilidades para aplicação na área da saúde e no tratamento de infecções.  

Texto: Alexsander Marques  

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