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Com 25 anos, Clínicas de Odontologia marcam história da Unioeste

“Valeu a pena a luta”. A fala é do atual Reitor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Alexandre Almeida Weber, ex-aluno da primeira turma de Odontologia, em 1995, logo depois da Portaria Ministerial 1784-A, de 23 de Dezembro de 1994, que criou a Instituição. As Clínicas de Odontologia surgiram, em 1999, 25 anos atrás.

Numa série especial, traremos a história do curso e das clínicas, no quadriênio 1995-99. A demora, no intervalo entre o vestibular e instalação dessas clínicas se deve ao fato de que o processo de criação de Odonto, bem como o de Medicina, sofreram processos judiciais.  A situação culminou em meses de uma disputa sem precedentes na história regional e polêmicas diversas, com mobilização de alunos, comunidade acadêmica e sociedade.

Quatro anos depois do vestibular de 95, com parcos investimentos, as clínicas davam seus primeiros passos até chegarem ao porte atual, atendimento odontológico de excelência. A unidade alia ensino e assistência, com serviços da atenção básica, de média e baixa complexidade, de estágio para alunos, bem como de residências e campo de pesquisa para pós-graduação stricto-sensu.

Segundo profissionais que participaram do processo, sem a graduação e toda a contenda que a envolveu, a região não teria uma clínica dessa magnitude.

Naquele período, a justificativa dos que tentaram impedir o funcionamento, em 1995, estava a alegação de que sua implantação não cumpriu provação de conselhos superiores. Depois de toda a obstinação dos que abraçaram a causa, o curso foi legalizado, ofertado no vestibular de 1997, entre os mais concorridos.

Naquela época, houve uma série de atos públicos, com aulas no calçadão de Cascavel e após grande união de forças, em 14 de novembro de 1996, o Tribunal Regional Federal (TRF), de Porto Alegre (RS) acatou o recurso impetrado pela Unioeste. O segundo vestibular foi realizado em janeiro de 1997, com a oferta de 20 vagas e depois disto a normalização da graduação, com 40 vagas anuais.

Webber, que foi porta-voz da turma, com apenas 19 anos, relembra momentos da época “Exigiu muita persistência e garra dos envolvidos, tivemos dois bimestres anulados, e, em 1997, conseguimos legalizar toda a situação. Depois da implantação, era uma batalha a cada ano para ter laboratório e estrutura. A nossa formatura foi um momento marcante na vida de todos que vivenciaram aqueles momentos”

Nesta volta no tempo, expressa evidente emoção, “não imaginávamos, como jovens estudantes, toda aquela situação. No fim conseguimos, foi um conflito difícil e marcante na vida de muitos. Acredito, que pessoas abraçaram aquele projeto de Universidade e hoje os indicadores mostram a importância dessa instituição”, frisa. 

Filho de Valdir (in memoriam) e Rosita, aquele Alexandre de 1995 se mescla ao de hoje numa mesma criatura, que não arrega diante das dificuldades. O espírito do jovem universitário é o mesmo de 25 anos atrás.  Ambos estão no homem de 49 anos, o que batalhou “ferrenhamente” por sua vaga numa instituição de ensino superior pública ou aquele à frente duma gestão de toda a Universidade.

A sociedade do Oeste e Sudoeste do Paraná é uníssona “valeu a pena a luta”, porque a Unioeste é uma das melhores instituições de ensino superior do País e, como afirmou o filósofo estóico Marco Túlio Cícero (106 a C)., “A história é testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida,...”

Para comemorar esta data histórica, traremos uma série de depoimentos de pessoas que acompanharam de perto aquele momento. Entre ele, Ediuilson Lisbôa, ex-aluno da turma 95, docente da instituição e membro da equipe administrativa.

É com Alexandre Webber a primeira entrevista da série, acompanhe a seguir:

https://youtu.be/TIP0fsvHZyI?si=BqOyAaH7vkginZHV

 

Mara Vitorino/edição Thiago Leandro.

Fotos: Victor Hugo Tadioto.

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