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Diretora valoriza trabalho em equipe e união do centro

À frente do Centro de Ciências Agrárias do campus de Marechal Cândido Rondon, a professora Dra. Marcela Abbado Neres inicia a gestão com um forte desejo do trabalho em equipe e a união do centro. Há mais de 20 anos na Unioeste, a professora aponta que um dos objetivos é formar profissionais capacitados para se inserir no mercado de trabalho e atender às demandas externas.


1) Chegamos ao início de uma nova gestão: quais as prioridades para o seu centro?


Primeiro, gostaria de salientar o trabalho excelente da gestão anterior, o que de certa forma contribuirá para facilitar a implantação de nosso plano de trabalho. A primeira coisa a salientar, é que precisamos trabalhar em grupo, buscando a unidade dos docentes e o espírito de colaboração entre todos. Com isto, nossas metas ficam mais fáceis de serem alcançadas, ressaltando aqui que os desafios são muitos e temos muita coisa a realizar. Uma prioridade importante a ser buscada é a diminuição da evasão acadêmica, que já vem dando sinais de diminuição, mas que ainda nos preocupa muito. Precisamos entender melhor este fenômeno e adotar medidas que reduzam o seu impacto na dinâmica dos cursos cobertos pelo Centro. Outra prioridade importante de nosso plano de trabalho é o compromisso de lutar para melhorar a infraestrutura física e o apoio técnico básico de pesquisa e extensão (equipamentos, laboratórios, pessoal de apoio etc.) disponibilizados aos nossos docentes (pesquisadores e extensionistas), buscando integrar ensino, pesquisa e extensão. Por falar em extensão, é sempre bom ressaltar que a implantação da curricularização das atividades de extensão exigirá a criação de uma estrutura mínima de apoio aos docentes por parte do Centro. Aqui, cumpre reafirmar o nosso compromisso de buscar junto às demais instâncias da Universidade os recursos e investimentos necessários para tanto. Nosso objetivo é formar um profissional capacitado para se inserir no mercado de trabalho e atender as demandas externas, por fim, cabe destacar também como uma de nossas principais prioridades, o compromisso de lutar pelo fortalecimento dos PPGs cobertos pelo CCA, seja através da reivindicação de maiores investimentos para a melhoria dos laboratórios, ao incentivo a publicações, à internacionalização dos PPGs etc.

2) De imediato, quais as primeiras ações?

Retornei ao trabalho no dia 03 de janeiro de 2024, interrompendo as minhas férias, exatamente para iniciar previamente os preparativos necessários ao retorno do período letivo. Já de início, como uma primeira ação efetiva, no sentido de implantação de nosso plano de trabalho, planejamos para o retorno das férias um encontro pedagógico reunindo todos os docentes vinculados ao CCA. Este encontro pedagógico abordará primeiramente as questões específicas dos cursos de graduação e, posteriormente, aquelas da pós-graduação. Nestes encontros, os coordenadores dos cursos de graduação em Agronomia e Zootecnia farão um relato dos últimos três anos, considerando-se a taxa de evasão, índice de aproveitamento dos discentes, necessidades dos discentes e destino dos nossos egressos. Traremos também um profissional externo para uma mesa redonda. A ideia é fazer esse encontro todo início de semestre, tanto com a graduação quanto com a pós-graduação. A partir das temáticas discutidas, a direção de Centro poderá identificar as demandas pedagógicas do corpo docente, encaminhando-as para resolução junto às instâncias universitárias apropriadas (Direção de Campus, Prograd, Reitoria etc.).

 

3) Qual a sua visão a respeito do papel que seu centro representa junto a sociedade regional e também o âmbito nacional?

O CCA (Centro de Ciências Agrárias) está inserido numa região com uma economia predominantemente baseada na produção agrícola (produção de soja, milho, trigo, mandioca, feno, gado leiteiro, suinocultura, avicultura, psicultura etc.) e na agroindústria (beneficiamento de soja e milho, laticínios, frigoríficos etc.). Consequentemente, mesmo considerando-se o alto nível de tecnificação da produção agropecuária local/regional, ainda existem gargalos técnicos que a pesquisa universitária pode contribuir para resolver. Além do mais, a aceleração das mudanças climáticas, do incremento dos fenômenos climáticos extremos (vide a ocorrência recente de tornados na região) e da incidência sazonal dos efeitos climáticos adversos do El Nino e La Nina sobre a produção agropecuária local/regional colocam problemas novos (novas pragas e ervas daninhas, novas doenças, alternativas de cultura, novos manejos etc.) que a pesquisa universitária pode contribuir para solucionar. O produtor precisa desse suporte. Tanto a pesquisa quanto a extensão trabalham nesse sentido, buscando atender a demanda dos produtores. As demandas dos produtores e agroindústria são captadas e os resultados das pesquisas chegam aos produtores através das ações de extensão. Assim como a área de Zootecnia, que busca sempre inovar e apresentar alternativas aos pecuaristas em relação a ingredientes de ração e pastagem. Assim, com base no preço de milho e soja o pecuarista, com a ajuda do nutricionista, pode balancear uma dieta de menor custo sem comprometer o desempenho animal. Nas duas áreas de graduação e Pós-graduação temos diversos projetos de pesquisa e extensão aprovados por órgãos de fomento em nível federal, estadual e parceria com empresas do setor privado; além dos projetos que são conduzidos em rede (ou seja, várias Universidades Estaduais, Federais, e de outros países) e empresas de pesquisa trabalham num determinado nicho de pesquisa, onde cada um contribui com seus pesquisadores e equipamentos). Assim, nossos alunos de graduação, e em maior número, nossos pós-graduandos podem se capacitar com as parcerias. Temos também o “doutorado sanduiche”, modalidade na qual o pós-graduando realiza parte da pesquisa do doutorado no exterior. Os programas de pós-graduação do CCA – Desenvolvimento Rural Sustentável, Programa de Pós-graduação em Agronomia e Programa de Pós-graduação em Zootecnia, este em parceria com a UTFPR de Dois Vizinhos - já enviaram discentes do doutorado para o México, Flórida, Texas, Nova Zelândia e outros estados e países.

4) Para finalizar, o que os acadêmicos podem esperar da sua gestão?

Com base nos resultados da eleição e em conversas com os discentes, senti um apoio muito grande, mas esse apoio precisa ser consolidado com diálogo e ações. É um trabalho em etapas, no qual as necessidades vão surgindo e o Centro vai identificando as demandas dos discentes, procurando atendê-las junto às diversas instâncias universitárias. Os estudantes podem esperar da Direção de Centro o compromisso sério de lutar pela melhoria das condições de ensino, pesquisa e extensão, procurando traduzir estas melhorias na formação de profissionais (graduados e pós-graduados) mais capacitados para gerir a produção agropecuárias nas condições atuais de inovação tecnológica constante. Por fim, considero ainda como fundamental uma integração proativa com os demais centros do campus, a direção do campus, demais campi e Reitoria. Já deu para perceber que teremos muito trabalho pela frente.

Currículo  

Graduada em Zootecnia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; mestre em Ciência Animal ESALQ Piracicaba; doutora em Nutrição Animal e Forragiciltura na Unesp campus Botucatu; docente na Universidade de Marília; ingressou Unioeste em 2001 na vaga para docente em Forragiciltura e Pastagem; faz parte do corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Unioeste; trabalha com conservação de forragens orientando alunos da graduação e pós-graduação tanto em pesquisa como extensão; e foi coordenadora do PPZ por duas gestões e assessora da Centro de Ciências Agrária por quatro anos.

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