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Toledo: Pós em Engenharia Química apresenta projetos em evento

O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química (PEQ) e o curso de graduação em Engenharia Química, do campus de Toledo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), participa do evento Inovação na Produção de Proteína Animal (InovaMeat - Toledo), que começou hoje e vai até o dia 2 de abril, e apresenta os projetos e linhas de pesquisas que contribuem para o desenvolvimento do setor de carnes e derivados.

No campus, existem cinco projetos em desenvolvimento em parceria com a empresa BRF S.A, além de projetos individuais de iniciação científica, trabalho de conclusão de curso, mestrado e doutorado. Os focos dos projetos estão no uso de resíduos do processamento de carnes, como escamas e pele, para a geração de novos produtos de interesse industrial. Os processos utilizados envolvem transformação, como o uso de hidrólise enzimática, extração de colágeno e extração de compostos bioativos.

O Grupo de Pesquisa em Processos Químicos e Modelagem Matemática na Engenharia Química, liderado pelo professor Edson Antonio da Silva, atua na obtenção de extratos naturais que têm demostrado ser uma alternativa para substituição de aditivos sintéticos utilizados na indústria alimentícia. Silva avalia que a qualidade dos extratos, em termos de concentração de compostos bioativos, depende do método de extração e das condições operacionais. “Assim é importante realizar pesquisas para otimizar as extrações de compostos antioxidantes de matrizes vegetais, tendo como foco a aplicação como aditivos naturais, por exemplo na formulação de produtos cárneos ou ração animal. Ainda, muitas matérias-primas residuárias do segmento de cárneos apresentam potencial para extração de compostos bioativos de alto valor agregado, que podem ser aplicados na área fármacos e de cosméticos”, explica Silva.

No grupo coordenado pelo professor Carlos Eduardo Borba, são desenvolvidos projetos relacionados à separação e purificação de misturas gasosas, em especial, a purificação do biogás para a utilização na geração de energia elétrica e o enriquecimento do biogás para a produção de biometano. “Embora a região Oeste do Paraná tenha avançado na produção de biogás nos últimos anos, em função das suas atividades agroindustriais, há ainda potencial para incrementar a produção. Logo, o desenvolvimento de projetos que fomentem o desenvolvimento da cadeia do biogás é de suma importância para o desenvolvimento sustentável da região”, argumenta Borba.

O grupo de pesquisa em Engenharias Sustentáveis – Bioprocesso, Separação e Catálise, liderado pela professora Mônica Lady Fiorese, e com participação no segmento de cárneos, dos professores Veronice Slusarski-Santana, Leila Fiorentin-Ferrari, Edson Antonio da Silva e Douglas Cardoso Dragunski, desenvolve projetos que utilizam matérias-primas residuárias do segmento de cárneos para obtenção de hidrolisados proteicos com potencial funcional e bioativo, aplicados em alimentos nutracêuticos, ração, suplementos e fármacos naturais, extração de colágeno, utilizado para a produção de filmes naturais para revestimentos em alimentos ou sob a forma de curativos (nanofibras), extração, recuperação e purificação de hidroxiapatitas e heparina aplicadas no desenvolvimento de materiais bioativos que simulem a composição do tecido ósseo e outras aplicações farmacêuticas.

“Desta forma, as pesquisas realizadas pelo grupo contribuem para o desenvolvimento de soluções tecnológicas aplicadas na produção de produtos de alto valor agregado, com aproveitamento integral de resíduos alimentares, geração de renda para indústrias e práticas sustentáveis de acordo com Objetivo 9 - Indústria, Inovação e Infraestrutura dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, avalia Fiorese.

A professora Fiorese ainda explica que a cooperação entre a Pós-graduação e graduação em Engenharia Química com o setor produtivo industrial auxilia na compreensão do papel das universidades no avanço tecnológico do país. “Há geração de ciência, tecnologia e inovação, o que contribui de forma positiva tanto para as empresas, por proporcionar ampliação da competitividade e melhoria das condições econômico-financeiras do setor produtivo, quanto para a universidade, pois essa interação proporciona a formação de recursos humanos mais bem capacitados. Além disso, o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas aplicadas transfere para a sociedade conhecimentos, patentes e tecnologias por ela produzidos”, conclui Fiorese.

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