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Acadêmica de Ciências Biológicas realiza projeto pioneiro na identificação de insetos

Desde setembro de 2021, a acadêmica de Ciências Biológicas, Thayla Melissa Gimenez Nogueira, realiza um trabalho inédito na região e já catalogou oito novos gêneros de esperança, um inseto pertencente a ordem Orthoptera e a família Tettigoniidae. Juntamente com o seu orientador, professor Neucir Szinwelski, a acadêmica está construindo o primeiro inventário desse tipo de inseto do Parque Estadual Rio Guarani, em Três Barras do Paraná, e o terceiro do Brasil nessa categoria.     

O projeto começou em setembro de 2021, sem nenhum tipo de fomento. Até hoje, Thayla e o professor Neucir realizaram duas expedições ao Parque Estadual Rio Guarani. Durante as viagens, eles se embrenham em meio à floresta no período da noite, em busca dos insetos. Para atraí-los, eles utilizam lanternas e uma armadilha luminosa, que consiste em um pano branco iluminado por uma lâmpada. Após serem capturados, os animais são fotografados e o seu canto, ou estridulação na linguagem científica, é gravado para estudos posteriores.  Após o registro desses dados, os adultos são eutanasiados por congelamento e os não adultos são criados em laboratório. Atualmente os indivíduos coletados e sacrificados estão sendo mantidos congelados, sendo em breve montados e identificados.   

O registro desses animais é de extrema importância, pois nenhum gênero das esperanças havia sido catalogado no Parque Estadual Rio Guarani até o início do projeto. Entre esses novos gêneros, ainda podem ser identificados animais de outras famílias, caso muito comum na espécie pela semelhança entre os indivíduos. Para Thayla Nogueira, os dados obtidos através desse projeto são cruciais para a preservação da natureza no estado do Paraná. “Os dados desse inventário vão elevar o conhecimento que se tem a respeito desses insetos, ajudando a suprimir os déficits de conhecimento. Socialmente, a expressão ‘é necessário conhecer para preservar’ se aplica nesse projeto, pois o estado carece de conhecimento da sua biodiversidade e de seu estado de conservação”, ressaltou.   

A acadêmica se orgulha de poder participar de um projeto na área da taxonomia, e gostaria de ver mais mulheres atuando nesta área. “O conhecimento acadêmico resultante desse projeto é imenso, tanto pessoal, quanto acadêmica e profissionalmente. Eu tenho esperança na inserção cada vez maior das mulheres na ciência, especialmente na sistemática e taxonomia, uma ciência quase que exclusivamente masculina. Ir para campo, coletar a noite, muitas vezes sozinha, mostra que podemos fazer e realizar nossos sonhos. Ainda há muito trabalho pela frente, há muitos artigos e apresentações a serem feitas sobre os dados que estão sendo levantados e isso irá contribuir muito para a ciência e para o conhecimento da biodiversidade”, contou.   

A paixão de Thayla por insetos vem de muito tempo e cada vez mais ela sente vontade de continuar pesquisando sobre esse tipo de animal. “É uma realização pessoal poder contribuir com isso. Meu interesse por insetos vem de infância e ter a oportunidade trabalhar e estudar esses organismos é muito gratificante. Espero que as portas se abram para que eu possa ter oportunidades de seguir pesquisando, cada vez mais ampliar o conhecimento em relação a esses insetos”, destacou.

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