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Cesta básica fica mais cara em duas cidades do Sudoeste

Desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa em Economia, Agricultura e Desenvolvimento (GPEAD) do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Francisco Beltrão e instituições parceiras, a pesquisa do custo da cesta básica de alimentação no Sudoeste do Paraná apontou que, das três cidade pesquisadas, apenas em Pato Branco houve uma retração, de -0,78%, em Janeiro, enquanto em Francisco Beltrão e Dois Vizinhos o preço da cesta básica teve um aumento de 2,28% e 1,95%, respectivamente.

Em relação ao mês anterior, a alta dos preços dos produtos foi de R$ 11,87 em Francisco Beltrão e de R$ 10,40 em Dois Vizinhos, enquanto que a redução em Pato Branco foi de R$ 4,12. O maior valor da cesta básica de alimentação, no Sudoeste foi a de Dois Vizinhos, R$ 543,59, seguida por Francisco Beltrão, R$ 532,37. Enquanto, a de menor valor nominal foi a de Pato Branco, R$ 520,91.

Os produtos que tiveram o preço aumentado nas três cidades foram a batata, o feijão, a banana, o óleo de soja e o leite. O preço médio do da batata teve aumento nas três cidades (57,85%) em Pato Branco, (23,93%) em Dois Vizinhos e (18,70%) em Francisco Beltrão, pois as chuvas de janeiro, ao atrasarem a colheita e prejudicarem a produtividade em algumas regiões, estimularam a alta dos preços, como informa o Dieese.

O preço médio do óleo de soja se elevou nas cidades pesquisas pelo GPEAD: 5,20% em Francisco Beltrão, 1,94% em Dois Vizinhos e 0,23% em Pato Branco. A alta demanda externa somada às expectativas de que o clima afete a oferta do produto e à desvalorização do real frente ao dólar explicam a alta dos preços para o consumidor, segundo com o Dieese.

Em janeiro, o preço médio do café em pó aumentou em Francisco Beltrão (11,48%) e em Pato Branco (1,07%), e diminuiu em Dois Vizinhos (-1,21%). A alta ocorrida nos preços se deve às expectativas frente aos impactos das geadas de julho na safra de 2022/2023, bem como aos menores estoques globais, como destaca o Dieese.

Nas cidades do Sudoeste do Paraná pesquisadas, a elevação de preço do açúcar do tipo cristal aconteceu apenas em Pato Branco (0,28%), enquanto em Dois Vizinhos e em Francisco Beltrão os preços apresentaram queda de (-1,33%) e (-3,42%), respectivamente. A oferta reduzida do produto em função da entressafra contribuiu, como menciona o Dieese, para a elevação dos preços no varejo.

O preço médio do tomate teve aumento em Francisco Beltrão 2,40% e em Dois Vizinhos 0,52%, enquanto em Pato Branco houve queda de -13,91%. De acordo o Dieese, a elevação do preço é decorrência da redução da área plantada.

A retração preço médio do quilo do arroz do tipo agulhinha ocorreu apenas em Francisco Beltrão -3,99%, enquanto em Dois Vizinhos e em Pato Branco as elevações foram de 5,74% e 1,16%, respectivamente. A retração da demanda em face dos aumentos ocorridos nos meses anteriores somada ao desempenho das exportações para além do esperado explicam, como destaca o Dieese, a queda dos preços no varejo. Ainda teve elevação nos preços da carne vermelha de primeira para Dois Vizinhos (0,82%) e Francisco Beltrão (1,59%). Em Pato Branco, o mesmo produto apresentou queda de (2,90%).

Além disso, a pesquisa concluiu que, o salário mínimo nacional, tanto o bruto quanto o líquido, mostraram-se, em março, insuficientes para assegurar a aquisição da cesta básica familiar. Se observada a determinação legal, para a manutenção de uma família de quatro pessoas, ou seja, se consideradas as necessidades básicas para além da alimentação, o salário mínimo deveria ter sido, em janeiro, de: R$ 4.566,67, em Dois Vizinhos, R$ 4.472,44 em Francisco Beltrão e R$ 4.376,20, em Pato Branco.

 

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