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Humanização é tempero extra nas 2 mil refeições servidas por dia no Huop

Das panelas para o quarto, com um papel muito além de alimentar pacientes, acompanhantes e servidores, as mais de 2,3 mil refeições servidas por dia pelo Serviço de Nutrição e Dietética (SND) no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop), possuem vários objetivos por trás das bandejas. Presentes no café da manhã, almoço, café da tarde, janta e ceia, as refeições do Huop possuem um cardápio variado, visando sempre a saúde, a recuperação e o conforto dos pacientes. “Nosso cardápio é bem variado, vários tipos de carnes e saladas, a maioria das verduras vêm de horta de agricultura familiar, prezando sempre por alimentos frescos e de qualidade”, diz a chefe do SND, Talita Cristina da Rosa.
 
Seguindo todo o cuidado clínico dos pacientes, a alimentação disponibilizada pelo Huop conta um preparo muito especial. Cláudia Felicetti, responsável pela nutrição clínica do hospital, revela que existe um tempero extra e essencial na entrega das refeições, a humanização. “Todo esse cuidado nutricional e clínico é associado a questão de humanização, porque não basta apenas a comida correta, mas a forma de servir, de tratar o paciente. Os funcionários são orientados a chamar o paciente pelo nome, perguntar como está, se passou bem a noite, se tem algum alimento que gostaria de comer diferente, e assim fazemos com que todo o atendimento seja especial”, comenta a nutricionista.

COMIDA AFETIVA

A equipe preza sempre pela humanização, e em alguns momentos, reconhece também a necessidade de um atendimento personalizado aos pacientes, como a comida afetiva, disponibilizada inicialmente no hospital para pacientes em tratamento contra a Covid-19, em razão do tempo de internamento. O objetivo é fazer com que a comida preferida do paciente traga lembranças de casa. “Levamos essa comida para ele e ele vai lembrar da casa dele, amenizando a saudade e ficando um pouco mais confortável aqui, tornando a estadia melhor. E claro, sempre analisamos a patologia e possíveis restrições do paciente, por isso, é com uma conversa com ele em que definimos como podemos entregar algo diferente”, explica Audri Dezan, nutricionista responsável pela comida afetiva no Huop. Além disso, no aniversário dos pacientes, que não passa em branco no hospital, também é entregue a comida afetiva. Com muito amor a carinho, o SND prepara um bolinho e um cartão para ser levado aos aniversariantes internados.
 
PEDIATRIA
 
Todas as alas do hospital recebem esses atos de amor, esforço e cuidado. Na pediatria, por exemplo, toda essa humanização é de extrema importância. Com isso, o Serviço de Nutrição e Dietética se preocupa em deixar cada paciente mais à vontade e tranquilo. “A criança às vezes tem um hábito alimentar em casa, então tentamos sempre se aproximar desse hábito, mas mantendo a alimentação saudável”, comenta Pamela Bacelar, responsável pela área da pediatria. Além das crianças, quem precisa desses cuidados são os acompanhantes, que estão a todo momento com elas e precisam de conforto também. “Pode acontecer do acompanhante ficar um longo período no hospital, então tentamos trazer um pouquinho da rotina de casa, para dar um conforto maior aqui no hospital, oferecendo também uma comida diferente”, completa a nutricionista.
 
Em cada prato, há nutrientes para a recuperação do paciente, pensado na melhora da condição clínica, e prezando sempre por uma qualidade na alimentação. A conversa e a proximidade com a equipe é o que torna tudo ainda mais fácil para que o paciente possa ir para casa recuperado. “Sabemos que a internação é um momento muito difícil para o paciente, ele se priva das pessoas de quem ele gosta, da sua casa, dos seus hábitos, então a gente procura internamente aproximar esse meio externo dele, mesmo ele estando dentro do hospital”, finaliza Cláudia.


Texto: Maria Luiza De Marco / Supervisão: Beatriz Baron

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