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NDR lança a sexta edição do Boletim de Conjuntura Econômica de Toledo

O Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) campus de Toledo, lançou a sexta edição do Boletim de Conjuntura Econômica de Toledo. A publicação avalia aspectos da economia toledana e é feito em parceria com a Associação Empresarial e Comercial de Toledo (ACIT).

Esta edição avalia o impacto da suinocultura em Toledo. De acordo com o Boletim, em 2020 o município possuía um rebanho de 1,174 milhão de animais, o que representa 17,14% do total do estado do Paraná. Neste período, foram produzidas 936 mil toneladas de carne suína em Toledo, o que equivale a 30% de toda a proteína animal processada no município.

O coordenador do Boletim, o professor Jandir Ferrera de Lima, explica que a suínocultura é uma atividade forte em Toledo devido à experiência dos produtores locais, à oferta de insumos e, também, à presença de frigoríficos e indústrias alimentícias na região. “Além dos elementos locais, há o comércio internacional aquecido. O Brasil conseguiu ampliar sua cota de exportação para a Rússia, o que deve estimular cada vez mais a atividade nas regiões do país. A suinocultura foi uma das atividades que têm se beneficiado da expansão do mercado exterior, além de que é uma proteína relativamente barata em relação a outras carnes”, avalia Lima.

De acordo com o Boletim, o saldo de empregos em Toledo foi positivo em 4.489 vagas, o segundo melhor índice entre as cidades pesquisas. À frente está Cascavel, com saldo de 7.892 vagas. Entre os setores que mais contribuíram para este resultado estão os serviços (2.655), a indústria (843) e o comércio (511). O professor avalia que o saldo de empregos no município está ligado à expansão do setor agroindustrial, que não parou as atividades durante a pandemia e ampliou sua inserção no comércio internacional. “O agronegócio não parou mesmo com a covid-19 e isso se reflete no cenário de emprego na nossa região. Outro fator se deve à construção civil que continua bem aquecida, tanto em função dos financiamentos imobiliários quanto dos novos lançamentos de edifícios e residenciais”, explica Lima.

A publicação aponta para a alta do número de Micro-Empreendedores Individuais (MEIs) registrados em Toledo. Em 2019 eram 7.602 e passaram para 8.846 em 2020, um aumento de 16% no período.  De acordo com o Boletim, o MEI é tratado como pessoa jurídica, mas recebe outro tratamento na questão tributária e torna-se uma opção para o trabalhador que deseja abrir uma empresa ou se recolocar no mercado de trabalho. Lima explica que o aumento se deve a uma alteração no mercado de trabalho, que reduziu os empregos de carteira assinada e os substituiu pelo micro-empreendedor individual e, também, à necessidade das pessoas que enfrentaram dificuldades durante a pandemia e abriram uma MEI para se inserir no mercado de trabalho e ter acesso à proteção social e à previdência.

 

Daniel Schneider – Jornalista Residente

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