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Bastidores da Covid-19: a rotina dos auxiliares de serviços gerais

A rotina é puxada, e nos últimos dias o trabalho tem se intensificado ainda mais. Em cada alta, óbito ou transferência de paciente, o auxiliar de serviços gerais precisa estar presente dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para fazer a chamada limpeza terminal, importante para desinfecção de todo o ambiente. “É um trabalho muito importante, pois sem fazer essa limpeza, o leito não pode ser utilizado por outro paciente”, diz Marcia Leonardo de Lima, que é uma das responsáveis pela limpeza da UTI Covid-19 do Hospital Universitário do Oeste do Paraná.
 
Há dois anos Marcia trabalha no hospital, e há cerca de dois meses na UTI Covid-19. Acostumada com uma rotina de cuidados com a contaminação hospitalar nesses anos, ela ressalta, que o cuidado foi redobrado durante a pandemia, além disso, o trabalho também foi intensificado. “Nas últimas semanas o intervalo entre uma limpeza terminal e outra chegou a ser menor que 30 minutos na UTI Covid-19. Em algumas vezes, 3 limpezas no mesmo período, sendo necessário uma ajuda extra de outros setores também”, conta.
 
O plantão da Marcia é de 12 horas, das 7h às 19h, e cada limpeza terminal demora cerca de 1 hora para ser concluída, tirando o tempo de paramentação e desparamentarão. “É cansativo, mas também peguei um amor por tudo isso. O nosso trabalho é muito importante para que esses pacientes estejam em um leito seguro, sem risco de contaminação. E a cada vez que vemos um paciente recebendo alta ficamos contentes também com o nosso trabalho”, enfatiza Marcia.
 
Mais de 20 anos de cuidado
 
Maria de Fátima Martins dos Santos também é auxiliar de serviços gerais e tem uma rotina um pouco diferenciada da Marcia, mas em alguns momentos também envolve a paramentação. Ela é fiscal de todos os auxiliares de serviços gerais, e atua há mais de 20 anos no Huop. “Pelo menos uma vez ao dia passo em todos os setores para avaliar o trabalho e conversar com todos os servidores”, explica.
 
E o momento da Covid-19, assim como para Marcia, também exigiu um cuidado dobrado para Maria de Fátima. “Sempre digo que o bom atendimento não depende só dos médicos ou dos enfermeiros, o apoio também precisa fazer a limpeza bem feita e ter o cuidado como se o leito fosse ocupado por um ente querido. Buscar sempre fazer o melhor, para que não tenha nenhum imprevisto com contaminação”, diz.
 
Mesmo tendo amor pelo trabalho, o desejo das auxiliares de serviços gerais é o mesmo: o fim da pandemia. “Teve uma hora que estava com número bem menor de leitos ocupados, e de repente ficou cheio de novo. É complicado, rezamos muito pelos pacientes que estão aqui”, diz Marcia. “A gente se preocupa com esses pacientes, mesmo de longe torcemos pela recuperação deles e esperamos que esse sofrimento termine logo”, finaliza Maria de Fátima.

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