Projeto Rondon no município de Jesuítas

O Projeto Rondon é o maior projeto de extensão universitária do País e nesta operação, nomeada Yaguaru, sua base de operações será no Oeste do Paraná. A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) é uma das parceiras do projeto, e teve três equipes selecionadas. Uma delas é pertencente ao Conjunto A que vai para o município de Jesuítas.

O Conjunto A fica responsável por temas que abrangem Saúde, Cultura, Direitos Humanos e Justiça, e Educação. Serão realizadas oficinas práticas, teóricas e atividades culturais.

A coordenadora da equipe, Adriane Martinez, conta que os projetos são ajustados para a necessidade do município. “Nós temos uma expectativa de que conseguiremos fazer o trabalho dentro do que está previsto nos objetivos da proposta. É só aguardar para colocar em prática aquilo que foi elaborado”.

As equipes foram escolhidas pelos professores que participarão das viagens. Os alunos enviaram suas propostas e com base nelas e nas possibilidades de contribuições com o Projeto, foi traçado um perfil de atuação de cada um.

Cada equipe é composta por 10 rondonistas, sendo 8 acadêmicos e 2 docentes. Junior Cunha, acadêmico de Filosofia do campus de Toledo, conta que participar do Projeto Rondon provoca um misto de sentimentos. “Logo que entrei para a graduação me apaixonei pela extensão. Participei ativamente em projetos de extensão desde meu primeiro ano no curso. É algo que está muito entranhado em mim, e não tinha como me formar sem participar do, quiçá, maior projeto de extensão do Brasil”.

Junior afirma também que além de prepararem as oficinas e atividades que serão realizadas, os rondonistas participam de algumas oficinas já realizadas em outras viagens. “Ao meu ver, um dos principais pontos que agrega em nossa formação é que estas oficinas que estamos participando são aplicadas por participantes de outras viagens do Projeto Rondon, assim, além de aprendermos o conteúdo das respectivas oficinas, também temos momentos de diálogo sobre como foi o desenvolvimento e recepção das atividades em viagens anteriores. A partir daí, temos uma base mais segura de quais temas e como abordá-los nas oficinas que estamos criando”.

Serão realizadas oficinas das mais diversas áreas: violência doméstica, organização de eventos, canto coral, educação alimentar, dança de rua, agrotóxicos, plantas medicinais, artesanato, empoderamento feminino, diversidade, entre outras.

A acadêmica de Medicina do campus de Francisco Beltrão, Suzana Botão, afirma que sempre gostou de trabalhos sociais e voluntários. “Conheci o Projeto Rondon em um momento que tenho bastante vontade de realizar ações que possam ter um impacto positivo na vida da comunidade, é por isso que eu escolhi meu curso também. Além disso, é uma época da faculdade que preciso aprender também com a comunidade, para aprimorar a empatia e a comunicação”.

Essa é a primeira vez que o Projeto Rondon nacional é no Paraná. O projeto é promovido pelo Ministério da Defesa em coordenação com os Governos Estadual e Municipal, em parceria com a Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), a 33ª Brigada de Infantaria Mecanizada e a Unioeste.

Por Ana Cauneto