Gemaq pesquisa novas tecnologias para aquicultura

O Grupo de Estudos de Manejo na Aqüicultura (Gemaq) foi criado em 2002, no Campus de Toledo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Seu início foi por intermédio de docentes/pesquisadores do curso de Engenharia de Pesca da Instituição, os quais atuavam no desenvolvimento de tecnologias para a aquicultura, tecnologia do pescado e no manejo de recursos pesqueiros de água doce.
Em 2004, o Gemaq implantou sua própria infra-estrutura de pesquisas, com a construção de seus primeiros laboratórios e logística de transportes e com parcerias para desenvolvimento de pesquisas e atividades de extensão na região Oeste e Sudoeste do Paraná. O grupo se consolidou com o desenvolvimento de pesquisa com peixes nativos das bacias dos rios Paraná e Iguaçu e com nutrição de peixes cultivados, com ênfase na avaliação de alimentos para as diferentes fases da criação. Também foi ampliada pesquisas com os peixes nativos do Rio Iguaçu.
Nos últimos anos, o Gemaq se estabilizou como grupo de pesquisa e ampliou seus pesquisadores, por meio da qualificação de bolsistas e da parceria com pesquisadores de outras instituições, como do Instituto Água Viva.
Hoje, o grupo atua nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. Na pesquisa são desenvolvidas novas tecnologias para o cultivo de peixes, tanto em tanques escavados como em tanques-redes. O foco é na questão de avaliação de alimentos e desenvolvimento de rações para diminuir os impactos ambientais.
O objetivo é incrementar a produção aquícola por meio do processo de produção ou pela agregação de valor ao produto final. Os estudos de manejo das espécies aquáticas cultiváveis se concentram em questões relativas aos sistemas de produção, densidade populacional, manejo alimentar, qualidade de água, determinação de exigências nutricionais, entre outros.
Sobre a importância deste trabalho, o líder do Gemaq, o professor Dr. Altevir Signor, identifica que a formação de recursos humanos é altamente qualificada, e não somente com o conhecimento teórico mas com o prático. “Visamos fornecer pesquisadores qualificados para trabalhar em indústria do pescado, na área de extensão e formação de recursos humanos para a pesquisa, em projetos de extensão, e no desenvolvimento de uma alternativa para a geração de emprego e renda junto ao produtor e a indústria”, comenta.
Cadeia
Na linha de pesquisa tecnologia do pescado é investigada a forma racional de beneficiamento de diversas espécies de pescado de água doce. O objetivo é incrementar a cadeia do pescado cultivado pelo beneficiamento ou agregação de valor ao produto final e aos resíduos.
Repovoamento
No tema manejo e conservação de recursos pesqueiros, os pesquisadores contribuem para a manutenção da diversidade genética dos estoques naturais e efetuam o repovoamento de espécies ameaçadas por ações antrópicas na bacia do Rio Paraná. Também são investigadas as técnicas de reprodução, aspectos genéticos e alimentares, adaptação e sobrevivência de peixes das bacias hidrográficas.