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31 anos: Orgulho de ser Huop

31 anos: Orgulho de ser Huop
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O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) completa 31 anos neste dia 31 de maio de 2020. Mas a história do hospital começou ainda na década de 70, com a proposta de criação do Hospital Regional de Cascavel, pelo Programa de Desenvolvimento do Oeste do Paraná. Em 1975, iniciou o projeto técnico e arquitetônico, quando então em 1977 iniciaram as obras, com objetivo de atender às necessidades da área de influência da Usina de Itaipu. A obra foi interrompida em 1982, quando então houve discussões para transformação do projeto em uma unidade de psiquiatria. Foi apenas em 1987, que houve a retomadas das obras do Hospital Regional de Cascavel, o maior do Estado do Paraná, inaugurado no dia 31 de maio de 1989. Na época, a capacidade de internamento era de 180 leitos.

Quem fez parte do quadro de servidores na época do Hospital Regional foi Nelsi Stomoski Ferreira. Ela ingressou como técnica de Enfermagem em 1992, pouco tempo depois da inauguração e comenta diversas dificuldades enfrentadas nesse período. “Não tinham enfermeiros em todas as unidades, também passamos por épocas de falta de medicamentos básicos. Era um hospital de referência para toda região, mas não tinha estrutura adequada para atender essa grande demanda. Não havia Unidades de Pronto Atendimento, então isso gerava uma superlotação e com poucos profissionais, era sobrecarregado”, conta.

TRANSFORMAÇÃO EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

O Hospital Regional de Cascavel passou pela transformação para Hospital Universitário do Oeste do Paraná, em dezembro de 2000, quando então passou a fazer parte do patrimônio da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). “Hoje é impossível imaginar esse hospital sem a universidade, sem residentes, sem a equipe multidisciplinar, que hoje garante profissionais em todas as unidades e de várias especialidades”, afirma. “Vou me aposentar feliz e satisfeita em ver a evolução, o quanto o hospital cresceu em relação à estrutura e quadro de profissionais. Além disso, a humanização foi um ganho excepcional, como no exemplo da Pediatria, em que antes não havia alojamento conjunto, e por isso, as crianças ficavam “amarradas” ao leito. Hoje a humanização é muito importante, e incentivamos a todo momento esse contato com a família”, complementa.

O ganho dessa transformação também foi para os acadêmicos da Unioeste, especialmente dos cursos da saúde, que necessitavam dessa experiência. “Com a participação mais efetiva da docência, o hospital foi se estruturando até se construir o prédio do Ceapac (Centro de Atenção e Pesquisa em Anomalias Craniofaciais), quando então houve recursos para o ensino, com a construção de salas de aula e bibliotecas. Hoje temos um ótimo hospital, com ensino e assistência em convergência. Nossa população ganhou muito e os cursos da universidade ainda mais”, enfatiza o reitor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Alexandre Webber.

HUOP EM NÚMEROS
O Huop conta hoje com 238 leitos hospitalares e é referência no atendimento da macrorregião, que abrange cerca de R$ 2 milhões de habitantes. O número de atendimento mais expressivo é do Pronto Socorro. A média mensal, de acordo com dados de 2019, é 6 mil pacientes das especialidades clínicas, cirúrgicas, obstétricas e pediátricas. Com relação às cirurgias, a média aponta 400 mensais no Centro Cirúrgico, e no Centro Obstétrico, 350 partos mensais. Contemplando o atendimento, são mais de 30 mil exames por mês no laboratório e 17 mil no Centro de Imagens. O Huop ainda tem o atendimento assistencial no ambulatório. São mais de 45 especialidades e 3 mil atendimentos mensais.

O hospital hoje é referência no atendimento em alta complexidade, como Ortopedia, Neurologia, Buco-Maxilo-facial, serviço de hemodinâmica, doenças vasculares, gestação de alto risco, pacientes com HIV e doação de órgãos. Recentemente, a nova conquista da instituição foi o credenciamento para cirurgias bariátricas. “Não existe como pensar na saúde pública da nossa região sem o Hospital Universitário. Ele ocupou seu espaço e não tenho dúvidas que deve crescer ainda mais e se consolidar como um grande hospital de ensino, onde a assistência é de excelência”, afirma Alexandre Webber.

Outra conquista importante, citada pelo reitor da universidade, é o processo de democracia dentro do Huop. “Nosso grande desafio é a construção de uma estrutura legal, de um regimento”, diz. Nesse ano, a categoria da Enfermagem teve uma grande conquista com a eleição da Direção de Enfermagem e o representante técnico/auxiliar de Enfermagem.

De acordo com o Diretor Geral do Huop, Rafael Muniz de Oliveira, além destas, novas conquistas devem ser incrementadas para que sejam benéficas à toda população. “A evolução desse hospital é impressionante. Quem vive aqui dentro sabe que ele não para. Sempre tem coisas novas para se pensar, adequar e expandir, com a intenção de cumprir as necessidades de toda região”, ressalta Rafael, que durante 11 anos fez parte do quadro clínico da Enfermagem do Huop.

COVID-19

Além dos 238 leitos, o Huop conta atualmente com mais 30 leitos na Ala Covid-19, sendo 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e 20 leitos de Enfermaria. O fluxo interno do hospital sofreu diversas adequações, e o espaço físico da atual unidade Covid-19, em que foi construído para a futura Ala de Queimados, foi estruturado para atender possíveis vítimas da pandemia. “Foi um grande desafio, e ficamos animados em ver o comprometimento de toda a equipe. Nesses momentos de dificuldade é que a gente percebe que a saúde pública da nossa região, sem o Hospital Universitário, sucumbe”, finaliza Alexandre Webber.

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