Pesquisa Coletiva

Em construção...

 PESQUISA COLETIVA

    1. PROJETO COLETIVO:
      "LEVANTAMENTO E CATALOGAÇÃO DE FONTES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DO OESTE DO PARANÁ"
      UNIOESTE/ CASCAVEL/ 2003
      PESQUISADORES 

      Dr. Paulino José Orso (Coordenador), MS. André Castanha, MS. João Carlos da Silva, MS. Lúcia Terezinha Z. Tureck, Esp. Alfredo Roberto de Carvalho, MS. Lucyelle Cristina Pasqualotto, Esp. Sebastião Rodrigues Gonçalves, Anna Joyce Pereira Costa, Cleci T. Battistus, Enio R. da Rosa J, Joneci Moraes de Lima, Marília M. M. Coutinho, Patrícia da Silva Zanetti, Celso S. Balzan, Dilson L. Dill, Nilva Formulo, Patrícia Roesler, Roberto Piano, Sandra Inês Lindner, MS. Maria Leide Carvalho. 

    2. OBJETIVOS
    3. Levantar e catalogar as fontes primárias e secundárias da educação do Oeste paranaense;
    4. Promover de maneira informatizada, a catalogação das fontes primárias e secundárias levantadas nos arquivos públicos, arquivos de escolas, bibliotecas escolares e jornais da região;
    5. Manter, elaborar, divulgar e publicar, catálogos de fontes primárias e secundárias da educação regional, fazendo a integração com as outras regiões;
    6. Entrevistar, transcrever e registrar a trajetória de "velhos" professores que atuaram na região;
    7. Fomentar a organização da documentação sobre a História e a História da Educação da região oeste;
    8. Incrementar um arquivo informatizado com as principais fontes documentais da educação regional, junto a Unioeste;
    9. Levantar, catalogar, transcrever e problematizar os relatórios das secretarias Municipais e Estadual, a legislação escolar das diversas instituições de ensino;
    10. Promover junto aos bolsistas o espírito de pesquisa, estimulando à pesquisa e o aprofundamento dos estudos;
    11. Incentivar a organização e preservação dos arquivos e bibliotecas regionais;
    12. Contribuir para o conhecimento da história da região tendo como base as transformações na educação.
    13. Levantar, resgatar e organizar informações sobre a produção acadêmica dos docentes da Unioeste;
    14. Promover o levantamento historiográfico das instituições escolares do município de Cascavel;
    15. Criar um centro de informação e documentação com a produção científica desta instituição;
    16. Elaborar um material que facilite a localização e possibilite o acesso a essa produção;
    17. Contribuir para melhor conhecer a educação nacional;
    18. Estabelecer intercâmbio com os demais grupos de pesquisa sobre história da educação brasileira.


  1. PROBLEMATIZAÇÃO 
    A compreensão do conhecimento historicamente acumulado e da própria História é condição indispensável tanto para a produção de novos conhecimentos, quanto para evitar a sua "reprodução", como pela luta para a construção de uma nova sociedade. Nesse sentido, a catalogação de fontes de pesquisa constitui-se num instrumento de fundamental importância. Tendo em vista que a História da Educação Brasileira ainda é uma disciplina muito pobre e carece de fontes que possibilitem uma melhor compreensão da mesma, o Grupo de História da Educação Brasileira - HISTEDBR -, coordenado pelo Prof. Dermeval Saviani, a partir de 1986, decidiu desenvolver um esforço no sentido de resgatar as fontes primárias e promover sua catalogação para possibilitar um melhor conhecimento da própria Educação Brasileira. O HISTEDBR está organizado nacionalmente e se articula através de uma rede de Grupos de Trabalho - GTs - que, em suas regiões e/ou Estados, promovem pesquisas com o objetivo de realizar o levantamento e a catalogação de fontes relacionadas à Educação Brasileira em sua área de abrangência. Atualmente o HISTEDBR conta com grupos de pesquisa na região oeste do Paraná (Unioeste), Ponta Grossa (UEPG), Maringá (UEM), Palmas (FACEPAL), Curitiba (UFPR), Caçador (SC), Presidente Prudente (SP), América (Unisal), Paulínea (SP), Campinas (Unicamp), Uberlândia (MG), Rio de Janeiro (Unirio), Bahia, Aracajú e outros. Todos os grupos desenvolvem um projeto com levantamento e catalogação de fontes no campo da educação. 

    Neste sentido organizamos o Grupo de Trabalho - GT Oeste do Paraná - HISTEDOPR - com o objetivo de levantar, catalogar e digitalizar as fontes referentes à história da educação na região Oeste do Paraná. 

    A pesquisa em história da educação está ganhando dia-a-dia mais importância, no campo educacional, visto que, cada vez mais, novos objetos estão sendo trabalhados na sua historicidade. A história da educação hoje, não é mais apenas legislação e administração. Ela é história de instituições, de leitura, de professores, de disciplinas, de didáticas, de métodos, de políticas, da relação professor-aluno, da cultura escolar. Constituiu-se, portanto, numa variedade de objetos que enriquecem a história da educação. Esses novos objetos, por sua vez ampliam consideravelmente o conceito de fontes, ou documentos relevantes ao trabalho do historiador da educação. 

    Fazer um levantamento e catalogação dessas fontes, é fundamental para preservar a historicidade da educação regional. História de escolas, (instituições de ensino), trajetórias de professores, projetos pedagógicos, registros iconográficos práticas educativas, políticas educacionais, educação rural, educação indígena, educação especial, educação à distância, pesquisas temáticas, e outros são alguns temas que devem ser buscados, catalogados e preservados. A preocupação é, através do resgate e da catalogação dessas fontes, preservar a história e chegar a um conhecimento mais aprofundado, bem como abrir caminho para a realização de outras pesquisas. 

  2. JUSTIFICATIVA 
    A região Oeste do Paraná é relativamente nova, tomando como referencia a história do Paraná e do Brasil. No entanto, apesar de sua colonização, sua localização geográfica está situada nas proximidades da Argentina e do Paraguai. Além do mais, está marcada pela facilidade de deslocamento para a região Sul, para o Sudeste e Centro-Oeste, bem como para a capital do Estado. Isso tem facilitado o encontro e o convívio de culturas e permitido a realização de experiências bastante ricas e diversificadas. Entretanto, grande parte dessa história, tem sido perdida em função da ausência de acervos documentais que possibilitem sua preservação e reconstrução. Mas, não é apenas isto que nos preocupa. Se persistirmos neste caminho, também acabaremos perdendo a história que ainda está por ser realizada. Neste sentido, julgamos ser de fundamental importância a realização de um projeto que vise levantar e catalogar a documentação e as fontes de informação que possibilitem resgatar e compreender a história. Assim, como parte desse grande projeto, estamos propondo a realização de um projeto que vise levantar e catalogar todas as informações possíveis sobre a região Oeste do Paraná, organizando um acervo que possibilite a preservação da História Regional, em especial a história da Educação. 
    Julgamos também, que a realização desta pesquisa e a catalogação destas fontes, ao longo do tempo, permitirá aos pesquisadores da região, não apenas resgatar e compreender parte de sua história, mas, sobretudo formar e contar com um acervo documental, científico e cognitivo que permitirá a realização de outras pesquisas a partir daquelas realizadas. 
    Além disso, a importância desta pesquisa está na sua vinculação com o Grupo de Trabalhos sobre História da Educação Brasileira, coordenada pelo Prof. Dermeval Saviani, que visa promover o levantamento de fontes sobre a educação brasileira, bem como sua catalogação a nível nacional. Por isso, acreditamos que o projeto de levantamento e catalogação de fontes sobre a história da educação do Oeste do Paraná é relevante tanto para esta instituição quanto para a História da Educação Brasileira. 

  3. METODOLOGIA 
    A metodologia que vai ser utilizada para o desenvolvimento dos trabalhos segue as mais atuais orientações do trabalho arquivístico e bibliográfico, obedecendo as especificidades locais de acesso aos Arquivos e Bibliotecas escolares. O trabalho consistirá no levantamento e catalogação das fontes, tendo como objetivo a produção de pequenos resumos, destacando os termos básicos para sua localização. Ao lado do trabalho de levantamento e catalogação de fontes, outras atividades serão necessárias, a fim de que, se crie as condições favoráveis a realização da pesquisa, tais como, leituras técnicas e teóricas para dar fundamentação à pesquisa. 
    Os documentos que vamos catalogar são basicamente oficiais (relatórios, legislação, ofícios, requerimentos, projetos pedagógicos, regimentos, atas, jornais, etc.), Além disso, faremos entrevistas com professores aposentados, pessoas idosas, intelectuais que exerceram atividades administrativas na região. Visitaremos as escolas, entidades, grupos, núcleos, secretarias arquivos para levantarmos os pontos prioritários. Para tanto será necessário buscar informações sobre os autores, entidades e documentos, bem como o estudo e contexto de sua elaboração e realização. O objetivo principal é realizarmos uma problematizar dessas fontes, e não apenas descrevê-las, contextualizando-as dentro de um espaço e tempo geral e não como fator local e isolado. 

  4. LOCAIS DA PESQUISA 
    Inicialmente procederemos a um levantamento de obras bibliográficas relacionadas ao objeto de pesquisa, faremos estudos sobre levantamentos e catalogação de fontes. Depois identificaremos os arquivos (públicos e escolares), bibliotecas, professores aposentados e outros intelectuais (memória histórica viva) para a partir daí traçarmos um plano de trabalho consistente. 
    Os trabalhos de pesquisa, coleta, levantamento, catalogação e transcrição de documentos primários e elaboração de resumos indicativos de obras existentes nessas instituições desenvolver-se-ão paralelamente à avaliação dos acervos. As atividades coletivas serão desenvolvidas de forma interdisciplinar, e os resultados não podem ser atribuídos separadamente a um ou outro pesquisador, à medida que o trabalho será sempre planejado, discutido e realizado de forma coletiva. Cada pesquisador nas suas atividades individuais estabelecerá o seu ritmo, conciliando estas atividades com as do projeto coletivo. 
    A referência teórica norteadora do trabalho, entende por fonte primária e secundária todo o conjunto de documentos registrados em arquivos, bibliotecas museus, centros de documentação e todo e qualquer documento desmembrado originário de locais dispersos, que se tornam objetos de estudo, se colocam à serviço da pesquisa educacional e servem como testemunho dos homens que os objetivaram historicamente. 
    Por catalogação entende a descrição, em fichas impressas próprias, dos elementos constitutivos que permitem a identificação dos documentos por parte dos usuários. Uma vez registrados em fichas próprias, os dados básicos das fontes documentais deverão ser informatizados, produzindo dessa forma uma catalogação informatizada. O instrumento básico para a catalogação das fontes é uma ficha de catalogação de fontes contida no "Programa Projetão" para registro de pesquisa. Os diversos campos da ficha foram elaborados de acordo com as normas técnicas da ABNT e registram as seguintes informações: 
    1. Referência completa do(s) autor (es) e da fonte, segundo as normas da ABNT;
    2. Resumo indicativo, buscando definir e delimitar de que assunto a fonte trata;
    3. Palavras-chaves: isto é as expressões chaves do conteúdo (será adotado como guias do cabeçalhos de assunto a bibliografia brasileira de educação, publicada pela IBIVT);
    4. Biblioteca (s) ou Arquivo (s) em que se encontram disponíveis as fontes;
    5. Período Histórico abrangido pelas informações que a fonte contém;
    6. Áreas da Educação que dela podem servir-se (conforme classificação das áreas de conhecimento segundo a CAPES).


  5. ATIVIDADES COLETIVAS 
    As atividades coletivas buscam proporcionar um maior entrosamento do grupo, contribuindo para que os novos bolsistas que se engajam no projeto possam se entrosar com maior rapidez, definindo-se assim por um trabalho individual. As atividades coletivas são o eixo do projeto, visto que nosso objetivo é levantar e catalogar fontes primárias e secundárias para a História da Educação do Oeste do Paraná. O trabalho individual se insere no geral à medida que todos os seus dados vão compor a base de dados do projeto maior. 

  6. BIBLIOGRAFIA 
    ARAÚJO, Emanuel. A construção do livro. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, Brasília: INL, 1986. ARIES, Philippe. "A História das mentalidades" In: LEGOFF, Jacques. História Nova. Trad. de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 1990. p. 154-179. 
    BENJAMIN, Walter. Rua de mão única. São Paulo: Brasiliense, 1987. (Obras Escolhidas, II). 
    BOSI, Ecléia. Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras 1998. 
    BRANDÃO, Helena H. N. Introdução à análise do discurso. Campinas: UNICAMP, 2002. 
    CHARTIER, Roger. À beira da falésia - A história entre certezas e inquietude. Porto Alegre: UFRGS, 2002. 
    CINTRA, A. M. N. "Estratégia de leitura em documentos". In: SMITH, J. (org.) A análise documentária: análise da síntese. Brasília: IBICT,1987. 
    COSTA, Célia M. Leite e FRAIZ, Priscila M. Varella. "Acesso à informação nos arquivos brasileiros". Estudos Históricos. São Paulo, 3: 63-76,1987. 
    DARTON, Robert. O grande massacre de gatos: e outros episódios da história cultural francesa. Trad. Sonia Coutinho. Rio de Janeiro: Graal, 1986. 
    FARIA FILHO, Luciano M. de. (org.). Arquivos, fontes e novas tecnologias. Campinas: Autores Associados, 2000. 
    FREITAS, Marcos C. (org.). Memória intelectual da educação brasileira. Bragança Paulista: EDUSF, 2002. 
    FREITAS, Sônia Maria de. História oral: possibilidades e procedimentos. São Paulo: Humanitas, 2002. 
    LAGES, Augusta R. S. & RONCO, Emilía. Técnica de secretariado; biblioteconomia, arquivística e documentação. São Paulo: Atlas, 1987. 
    LOMBARDI, J, C. (Org). Pesquisa em educação: história, filosofia e temas transversais. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2000. 
    -------. Globalização, pós-modernidade e educação: história, filosofia e temas transversais. Campinas: Autores Associados, 2001. 
    LOPES, Eliane M. T.; GALVÃO, Ana M. de O. História da educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. 
    LOPES, Marcos A (org). Espaços da memória, fronteiras. Cascavel - Pr: Edunioeste, 2000. 
    MAGALDI, Ana M.; ALVES, C.; GONDRA, J. G. Educação no Brasil: história, cultura e política. Bragança Paulista: EDUSF, 2003. 
    MARX, K. & ENGELS, F. Ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 1999. 
    MORI, Nerli N. R. Memória e identidade: travessias de velhos professores. Maringá: Eduem, 1998. 
    ORLANDI, Eni P. Análise do discurso - princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 2002. 
    PIEDADE, M. A. Requião. Introdução à teoria da classificação. Rio de Janeiro: Interciência, 1977. 
    PRADO, Heloísa de Almeida. Organização e administração de bibliotecas. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981. 
    RAGAZZINI, Dário. "Para quem e o que testemunham as fontes da história da educação?". In: Educar em revista n. 18/2001. Curitiba: Editora UFPR,2001 p. 13-28. 
    SANTOS, Gildenir C.; RIBEIRO, Célia M. Acrônimos, siglas e termos técnicos - Arquivística, biblioteconomia, documentação, informática. Campinas: Átomo, 2003. 
    SAVIANI, D. LOMBARDI, J. C. SANFELICE, J. L. (Org). História e história da educação. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2002. 
    SCHINEIDER, Claércio Ivan. Os senhores da terra: produção de consensos na fronteira oeste do Paraná 1946-1960. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2002. 
    WACHOWICZ, Ruy C. História do Paraná. 7. ed. Curitiba: Editora e Gráfica Vicentina, 1995. 

 

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