Um artigo científico, em suma, é o relato do que se pesquisou. Esse relato deve ser estruturado em fases, cada qual com seu foco, para que ao final torne-se um artigo com caráter científico proporcionando real contribuição para a área.
Em geral, as fases ocorrem de forma sequencial, conforme seque:
Um resumo é a exposição sintetizada de todo o trabalho realizado, e tem a finalidade de transmitir uma ideia geral sobre seu sentido, a fim de motivar o leitor a prosseguir com a leitura ou mostrar que ele pode não encontrar no trabalho em questão o que procura.
Em geral, resumos de artigos científicos dividem-se em 4 partes. Cada uma destas pode ser um ou mais parágrafos na estrutura do resumo, e tem um objetivo de comunicação sobre uma parte específica do trabalho, a saber:
Essa estrutura pode ser visualizada na Figura abaixo.
Figura: Estrutura Básica de um resumo para artigos científicos. Fonte: Guia de preparação de artigos elaborado pelo “Grupo Stela, Células de Comunicação Científica e de Documentação” da UFSC/EGC (Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento).
A Introdução é a primeira seção de todo artigo científico. Nela constam a contextualização do problema bem como sua definição. Nela podem ser citados trabalhos correlatos e suas contribuições, apresentando o diferencial da proposta do artigo em questão. Essa seção orienta o leitor sobre toda estrutura do artigo, exigindo-se então que sua escrita seja minuciosa.
“Um artigo científico não é um livro de suspense no qual o leitor só descobre o que está realmente acontecendo no capítulo final. Muito antes pelo contrário, em um artigo científico, o leitor deve estar ciente do que acontece desde o início, desde a introdução. Desse modo, as principais contribuições e conclusões devem ser mencionadas na introdução. Geralmente, a introdução é uma reafirmação estendida do conteúdo do Resumo. Como sugestão de organização, considere a apresentação de forma concisa (um ou dois parágrafos para cada item) das seguintes informações:
Essa seção do artigo científico é provavelmente a mais trabalhosa, exigindo grande atenção em sua escrita para que nenhum detalhe seja omitido ou esteja escrito de forma ambígua.
O objetivo central desta parte é escrever : (i) o que foi feito; (ii) como foi feito; (iii) com quem foi feito; (iv) onde foi feito; (v) com o que foi feito, e; (iv) quando foi feito.
Desta forma, o artigo descreve detalhes suficientes para que os resultados possam ser verificados e o estudo replicado por outros pesquisadores exatamente conforme feito pelo escritor do artigo.
Dicas para a escrita dessa seção:
“Na seção de Materiais e Métodos você irá descrever de forma clara e precisa como o seu estudo foi executado. O estilo de escrita dessa seção deve parecer como se você estivesse explicando verbalmente como conduziu seu estudo. Evite a utilização de primeira pessoa e lembre de escrever no passado, uma vez que o estudo já foi executado. Organize essa seção da seguinte forma:
Essa seção é a mais importante do artigo, pois nela é que se evidencia a contribuição do artigo, onde se detalham os resultados e faz-se sobre eles a discussão concernente.
Segue um texto extraído do site PosGraduando (http://posgraduando.com/como-escrever-um-artigo-cientifico/) que evidencia isso muito bem.
Na apresentação dos resultados, gráficos e figuras geralmente facilitam a observação dos efeitos, se comparados com as tabelas. Entretanto, as tabelas levam vantagem quando valores numéricos específicos são importantes. Nestes casos, artigos com tabelas irão obter um maior número de citações, porque outros pesquisadores podem usar seus dados como base de comparação.
Procure promover descrições claras e organizadas dos resultados, sem repetir no texto os dados já expostos em gráficos e tabelas. Ao escrever um artigo científico, inclua na redação final apenas os resultados que são necessários para a corroboração de suas conclusões.
Estrutura básica:
Erros comuns:
Análise estatística inadequada ou inapropriada.
A discussão é a parte mais complexa e mais difícil de escrever em um artigo científico. Deve ser redigida com a finalidade de apresentar e interpretar conclusões, enfatizar os resultados mais importantes e comparar os resultados obtidos na sua pesquisa com os resultados obtidos por outros pesquisadores (Medeiros e Tomasi, 2008).
Estrutura básica:
Erros comuns:
A seção de conclusões de um artigo geralmente é a menor, e faz o fechamento de todo o trabalho realizado. Ela precisa ser sucinta e deve-se ter cuidado de apresentar apenas conclusões, e não retomar resultados e/ou discutí-los (isso é feito exclusivamente na seção de resultados e discussões).
Algumas dicas para a escrita das conclusões são:
IEEE XPLORE
IEEE Xplore biblioteca digital é uma base de dados que fornece acesso a conteúdos científicos e técnicos publicados pela IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) e parceiros de sua publicação.
Site: http://ieeexplore.ieee.org/Xplore/home.jsp
SCOPUS
A base SCOPUS indexa mais de 14.000 títulos de 4.000 editoras nas diversas áreas do conhecimento, possui cerca de 27 milhões de resumos, incluindo citações, desde 1996, com uma interface amigável. A Scopus tem uma ferramenta que permite avaliar o desempenho das pesquisas (medição de produção científica – Bibliometria).
Site: http://www.scopus.com/
Web of Science
É uma base de dados do Institute for Scientific Information (ISI), que permite a recuperação de trabalhos publicados nos mais importantes periódicos internacionais, apresentando as referências bibliográficas contidas nos mesmos, informando ainda, sobre os trabalhos que os citaram, com referências a outros trabalhos. O período de abrangência estende-se de 1900 até o presente, incluindo os conteúdos das bases “Century of Science” e “Century of Social Science”.
Site: http://webofknowledge.com
Google Acadêmico
O Google Acadêmico (Google Scholar) fornece, de maneira simples, diversos livros, artigos, teses, resumos e disciplinas de forma bastante abrangente. É possível ainda encontrar publicações de editoras e organizações profissionais
Site: https://scholar.google.com.br/
CABI: Utilização das bases de dados nas áreas de agricultura e meio ambiente
ELSEVIER: Guia do Usuário da Editora.
Embrapa: Instruções para recuperação da informação
Fator de impacto: O que é Fator de Impacto
Latex: Tutorial de uso do LaTex para escrita cientifica
Periódicos CAPES: Tutoriais para acesso aos Períodicos CAPES
SciELO: Ajuda ao SciELO
Scopus: Tutorial de utilização da base de dados
Mendeley
Funciona em Windows, Mac e Linux. Integrável com o processador de texto Microsoft Word e o Open Office. Permite o armazenamento de PDF’s e permite a pesquisa de informação dentro da própria plataforma. Permite importar e exportar bibliografia de outros software.
Site: http://www.mendeley.com/
Zotero
É um software livre (em open source) disponibilizado pelo web browser Firefox, que permite recolher, gerir e citar fontes bibliográficas. Funciona em ambiente Windows, Mac e Linux. Integrável com o processador de texto Microsoft Word e o Open Office.
Site: http://www.zotero.org/
Citation Machine
É um gerador Web para citações e referências. Um formulário Web é aberto para preenchimento dos campos necessários e, após o preenchimento, a citação para se colocar no texto e a referência bibliográfica são geradas. Estas devem ser copiadas para o texto do trabalho, pois não são armazenadas.
Site: http://citationmachine.net/
Farejador de plágios 10.1
Software brasileiro, que busca dados e informações em diversos sites para verificar possíveis plágios por meio de um software instalado no computador. A versão gratuita analisa apenas uma parte do arquivo enviado (50% do arquivo com tamanho até 300 kb). A verificação completa é disponibilizada apenas para assinantes.
Site: http://www.plagiarismcombat.com
Custo: Gratuito (sem registro); Pago (R$19,90 com registro)
Viper
Software para detectar plágio em documentos no próprio computador ou na Internet. Suporta os formatos DOC, RFT, HTML e TXT.
Site: http://www.scanmyessay.com
Custo: Gratuito
Plagius - Detector de Plágio Personal 2.0
Site: http://www.plagius.com
Custo: Gratuito para teste
Plagiarism Detect
Verifica possíveis plágios, e seu algoritmo de pesquisa detecta semelhanças entre um texto apresentado e todos os sites na web.
Site: http://www.plagiarismdetect.com/
Custo: Gratuito (uso limitado); Pago (análises avançadas)
CopySpider
Software anti-plágio brasileiro, de interface simples e intuitiva, com alto desempenho computacional para testar documentos sob o crivo de existência de cópias indevidas de outros documentos disponíveis na internet. Pode ser configurado para o Inglês ou Português (Brasil). Também é possível escolher um nível de rigor para a busca na internet (rápida, normal ou detalhada). Sugere-se a análise de possível existência de plágio para documentos com semelhança acima de 3%. O programa aceita como entrada os arquivos nos formatos DOC, PDF, TXT, HTML, RTF, DOCX, PPT, PPTX, XLS e XLSX, sendo compatível com os sistemas Windows XP, Vista, 7, 8, 2000, 2003 e 2008.
Site: http://www.copyspider.com.br
Custo: Gratuito
http://www.keimelion.com.br/2015/03/escrita-tese-material-metodos.html
http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742013000100020
http://homepages.dcc.ufmg.br/~mirella/doku.php?id=escrita
http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/ess/v22n3/v22n3a20.pdf
http://blog.fastformat.co/escrevendo-as-secoes-de-resultado-e-discussao/