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Diretor disse que incentivará a busca de formas para atender as novas gerações

Assumindo o Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCHS), o professor Silvio Antonio Colognese, comenta que dentro do trabalho que pretende realizar não está apenas motivar a inovação dos conteúdos e das metodologias de ensino e aprendizagem, mas buscar sintonizar os cursos de graduação com as demandas e expectativas da atualidade a fim de motivar a nova geração a cursar o ensino superior. Conversamos com o professor Sílvio para saber mais sobre os planos para a gestão do CCHS.

  1. Quais as prioridades para o Centro de Ciências Humanas e Sociais?

A Unioeste é uma universidade pública consolidada! Em termos de qualidade, na pesquisa, na pós-graduação, nas ações extensionistas, na inovação e no protagonismo regional, estamos à altura das grandes universidades do país e do exterior. A infraestrutura, ao menos no campus Toledo, vem sendo qualificada rapidamente, com laboratórios de última geração e espaços adequados para o desenvolvimento das atividades fins e meio da Universidade. Porém, há um grande desafio comum que terá atenção especial da direção do Centro: trata-se da graduação. Graças à formação e atuação de seus professores, que são, também, pesquisadores e extensionistas, associada à infraestrutura e à renovação continuada dos currículos, a qualidade dos nossos cursos de graduação é de excelência! Porém são estes cursos que recebem as novas gerações na universidade! E elas vêm apresentando baixo interesse em grande parte dos cursos de graduação. Isto implica que superemos desafios que vão muito além da oferta de formação de qualidade. Em primeiro lugar, os cursos superiores das universidades estão desafiados a ´convencer´ estas novas gerações da importância de realizar uma formação de nível superior. Não é fácil convencer as novas gerações a investirem anos e horas preciosas das suas vidas a uma dedicação intensa e aprofundada para o domínio de uma determinada área do saber! E principalmente, convencer estas novas gerações, que o valor desta formação não é somente profissional, no sentido das oportunidades de trabalho e ascensão social proporcionadas por um curso superior. Mas também e, quem sabe principalmente, que a maior função desta formação possa ser a de transformar cada um e cada uma em um ser humano melhor, com mais condições de intervir nas mudanças necessárias demandas por nosso tempo! Sim, este é o maior desafio e nossa prioridade, porque, nos tempos atuais, temos assistido a uma queda na procura e nas expectativas das novas gerações em relação ao valor de uma formação superior. É claro que isso é resultado de uma sociedade ´utilitarista´, que tende a valorizar a imediaticidade e apenas o que pode ser apresentado como um ´produto´ mensurável em critérios de mercado! O restante é descartável e esvaziado de valor pelos critérios de mercado. Em segundo lugar, porque este desafio não se resume apenas a uma questão de retórica ou de argumentação formal na defesa da importância da formação de qualidade nas graduações. Trata-se de inovar não apenas nos conteúdos e nas metodologias de ensino e aprendizagem, mas de (re)sintonizar os cursos de graduação com as demandas e expectativas da atualidade, com os novos modos de ser, com as novas tecnologias, as novas configurações do mundo do trabalho e as novas configurações das sociedades e das relações sociais. Ao mesmo tempo, os cursos de graduação, que são a base da Universidade, também precisam cumprir o seu papel de guardiões da civilização e dos saberes que nos constituem, sem perder a força crítica, criativa e ética do pensamento. Sem estarmos sintonizados com tudo isso, poderemos seguir oferecendo cursos de graduação da maior excelência, mas sem conseguir mobilizar as novas gerações para a sua realização! Baixa procura nos cursos superiores e alta evasão, são dados que vem preocupando universidades no mundo inteiro! Não é um problema somente da Unioeste ou do CCHS! Porém, nós não podemos e não iremos ficar acomodados aguardando que alguém nos indique os caminhos a seguir! Devido ao tamanho do desafio, temos clareza que ele não pode ser enfrentado isoladamente. É preciso mobilizar os professores e as professoras, são eles e elas que a cada ano diagnosticam a necessidade de mudanças em suas próprias aulas. Também as autoridades educacionais, que precisam entender que os cursos não podem seguir sendo ´como sempre foram´; assim como os políticos e autoridades governamentais, para que não reduzam o entendimento do ensino superior público aos critérios mercantis e pragmáticos de uma sociedade esvaziada de valores propriamente humanos! Finalmente, esta é uma causa de vida! Não é um projeto pragmático para justificar o exercício de um cargo de direção na Universidade! Se assim não for, não encontraria sentido para a defesa da universidade pública! Esta é a complexidade e a grandeza das nossas prioridades! Trata-se de desafios coletivos que, na condição de Diretor de Centro, serão provocados de maneira propositiva para a busca das melhores respostas institucionais!

  1. De imediato quais as primeiras ações?

As primeiras ações estarão focadas na preparação para o início das atividades do novo curso de Graduação em Psicologia, a ter início em março de 2024, bem como nas expectativas para a abertura de um novo curso de Mestrado na área de Ciências Sociais, já encaminhado a Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] e aguardando autorização! Da mesma forma, o Curso de Graduação em Educação Especial Inclusiva, via Parfor-Capes, já habilitado na análise técnica e aguardando análise do mérito para iniciar as atividades. São muitas novidades boas e que terão atenção imediata. E claro, um retorno qualificado e de boa acolhida a toda a comunidade acadêmica para o ano de 2024, de maneira especial aos novos acadêmicos, por meio de ações capazes de produzir sentido de pertencimento ao campus Toledo da Unioeste, para que consigamos enfrentar nosso principal desafio!

  1. Qual o papel do CCHS neste contexto de desafios?

O CCHS tem sido e seguirá sendo uma vanguarda na proposição e na busca de alternativas para a superação dos desafios de uma universidade pública e estratégica para os rumos futuros da sociedade e das novas gerações! A atuação coletiva e propositiva que marca a história da direção do CCHS e de seus professores, sobretudo nos conselhos superiores, deverá persistir a fim de enfrentar os desafios destacados e os que virão. Este é o papel do CCHS!

  1. O que os acadêmicos podem esperar da sua gestão?

O que todos podem esperar é muita seriedade, dedicação, esforço coletivo, conduta ética e boa vontade para que a Universidade e o CCHS possam ser o melhor lugar do mundo para se estar, formar, trabalhar, conviver, inovar e se desafiar como seres humanos! A Universidade precisa acolher as singularidades que aqui chegam e incluí-las no projeto de redução da exclusão em suas diferentes formas, por meio da produção e socialização de conhecimentos, a fim de buscar sempre ser esse lugar para todos que dela fazem parte! E este lugar, para ser o melhor do mundo, precisa nos tornar seres humanos melhores, que possam transformar o mundo, as sociedades e as relações sociais para melhor! Que assim seja!

Currículo

O professor Silvio Antonio Colognese é formado em Filosofia pelo Instituto Educacional Dom Bosco (IEDB), tem mestrado em Sociologia Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e doutorado em Sociologia pela UFRGS. Colognese foi coordenador do curso de Ciências Sociais da Unioeste na gestão 2007-2009, coordenador do Programa de Pós-Graduação em ciências Sociais da Unioeste de 2010 a 2013, e diretor do CCHS de 2016 a 2019.

 

Assessoria de Comunicação Social

Daniel Schneider

 

 

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