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Cesta Básica: café da manhã dos paranaenses está mais caro

Cesta Básica: café da manhã dos paranaenses está mais caro

No Sudoeste do Paraná, a pesquisa do custo da cesta básica de alimentação é desenvolvida pelo GPEAD (Grupo de pesquisa em Economia, Agricultura e Desenvolvimento, do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Francisco Beltrão e instituições parceiras. Em agosto, o custo médio da cesta básica de alimentos também apresentou um comportamento de alta, em Dois Vizinhos (2,4%); Francisco Beltrão (0,61%) e Pato Branco (0,89%). Em termos monetários, o aumento em relação ao mês anterior foi de R$ 12,27, em Dois Vizinhos; R$ 3,03, em Francisco Beltrão e de R$ 4,28, em Pato Branco.

Segundo o coordenador do Grupo, professor José Maria Ramos, em valores nominais, o custo da cesta básica individual mais cara, para as localidades pesquisadas pelo GPEAD, foi a de Dois Vizinhos, R$ 523,66, seguida por Francisco Beltrão, R$ 503,29. A cesta de menor custo foi a de Pato Branco, R$ 485,76. Ao se comparar o valor da cesta de agosto de 2021 com a de agosto de 2020, se constatou um aumento de 27,55%, em Dois Vizinhos; de 19,61%, em Francisco e de 27,71 % em Pato Branco. No acumulado dos oito primeiros meses de 2021, o valor da cesta básica apresentou um aumento de custo em Dois vizinhos de (8,60%). em Francisco Beltrão (1,87%) e, em Pato Branco (0,31%).

Produtos

Os produtos da cesta básica de alimentação que apresentaram variações de alta na maioria das capitais pesquisadas pelo Dieese foram: o café, o açúcar, leite integral, e a batata. Por outro lado, o arroz e o feijão foram os produtos de destaque em termos de redução de preços. Nas cidades pesquisadas pelo GPEAD, em agosto (Dois Vizinhos, Francisco Beltrão e Pato Branco), o comportamento dos preços foi bastante semelhante ao observado pelo Dieese. Nessas, o destaque ficou por conta das elevações de preço observadas no açúcar, no café, na batata e na banana. Em relação a redução de preços destacaram-se o arroz e o tomate.

Nas três cidades do Sudoeste do Paraná pesquisadas, o preço do café aumentou: Dois Vizinhos (11,72%), Francisco Beltrão (5,53%) e em Pato Branco (6,31%). Segundo o Dieese, “mesmo em período de colheita, os preços seguiram em alta, pois os produtores retiveram o grão, à espera de melhores preços, pois existe a expectativa de menor oferta no futuro, devido às geadas do final de julho”.

O preço do açúcar apresentou elevação de preço em 16 capitais. Os maiores aumentos ocorreram em Florianópolis (10,54%), Curitiba (9,03%), Belo Horizonte (5,61%) e Recife (5,01%). A queda foi registrada em Natal (-2,78%). O comportamento de alta nos preços do açúcar também foi constatado em Dois Vizinhos a alta foi de (0,74%), em Francisco Beltrão (2,74%) e em Pato Branco (0,83%). Nas cidades do Sudoeste  o leite apresentou alta de preços em Francisco Beltrão (4,98%) e em Pato Branco (4,24%). Em Dois Vizinhos houve uma retração de (-6,00%). Segundo o Dieese, “a menor oferta de leite no campo fez com que houvesse disputa acirrada entre as indústrias de laticínios para a compra de matéria-prima e os preços aumentaram”.

O preço médio do quilo da batata, pesquisada no Centro-Sul, teve aumento de preço em nove das 10 capitais onde o tubérculo é pesquisado. O mesmo movimento de alta foi observado nas três cidades pesquisadas pelo GPEAD: Dois Vizinhos, (12,16%), Francisco Beltrão, (24,25%) e Pato Branco, (28,44%). A alta de preços está associada as condições climáticas que reduziram o ritmo da colheita e a oferta de tubérculos foi menor no varejo, conforme aponta o Dieese.

O preço médio do quilo do arroz apresentou recuo em 13 capitais, as quedas variaram entre -7,67%, em Aracaju, e -0,54%, em Fortaleza. O movimento de redução de preços do arroz também foi observado em Francisco Beltrão (-2,34%) e Pato Branco (-0,50%). Em sentido contrário, em Dois Vizinhos a alta foi de (1,65%).

O preço feijão recuou em 13 das 17 capitais pesquisadas, mas em Dois Vizinhos e Francisco Beltrão foram registradas altas de preços (4,10%) e (3,24%), respectivamente. Em Pato Branco, o preço do feijão preto apresentou queda de (-0,87%). Segundo o Dieese, “os altos patamares de preço do feijão preto e do tipo carioquinha têm reduzido a demanda, devido ao empobrecimento das famílias”.

O cálculo do valor gasto com a alimentação básica para uma família de tamanho médio (02 adultos e duas crianças – considerando que 02 crianças correspondem a 01 adulto) exige a multiplicação do valor monetário da cesta básica individual por três. Os valores da cesta básica de alimentação familiar, as diferenças de tal valor com relação ao salário mínimo bruto (R$ 1.100,00) e líquido (R$ 1.017,50) e ainda, o salário mínimo necessário referente ao mês de agosto para as localidades pesquisadas.

Considerando os dados apurados, é possível observar que o salário mínimo nacional, tanto o bruto quanto o líquido, mostraram-se, em agosto, insuficientes para assegurar a aquisição da cesta básica de alimentação familiar, tanto para as cidades pesquisadas pelo GPEAD quanto para as demais localidades selecionadas. Se observada a determinação legal, para a manutenção de uma família de quatro pessoas, ou seja, se consideradas as necessidades básicas para além da alimentação, o salário mínimo deveria ter sido, em agosto, de: R$ 4.399,27, em Dois Vizinhos; R$ 4.228, 45, em Francisco Beltrão e R$ 4.080,84, em Pato Branco.

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