Monitoramento da qualidade de águas visando a saúde do consumidor

O projeto “Monitoramento da qualidade de águas visando à saúde do consumidor”, coordenado pela professora Monica Florese do curso de Engenharia Química da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Toledo, iniciou nas propriedades de olericultura do município.

De acordo com a professora Mônica, a solicitação para que o projeto fosse aplicado em alguns dos municípios da região foi da Emater e Secretaria de Agricultura, pois os produtores destas localidades tinham pouco conhecimento de noções de higiene, dos riscos, responsabilidades e ambiente correto tanto para a plantação quando preparo do legume ou salada para ir para o consumidor. “No total atendemos 48 propriedades. Fazíamos coleta na água utilizada pra irrigação, água lavagem e de enxague, a partir destas amostras determinávamos os parâmetros físico químicos, como pH, temperatura, sólidos totais e voláteis, e ainda fazíamos a determinação da composição elementar por Total-reflection X-ray fluorescence using radiation (TXRF) e microbiológicas fazíamos plaqueamento total de aeróbios e coliforme totais e termotolerantes ou fecais”, explicou.

A coordenadora comentou ainda que depois que as análises eram feitas os resultado eram entregues e assim os pesquisadores explicavam os resultados e faziam as recomendações de melhorias, por exemplo, não haver animais nos locais de produção nem de preparo, não utilizar água de dessedentação, se fosse posso artesiano fazer higienização e cloração da água, cercar o ambiente de plantio, o local de lavagem e preparo como deveria ser a forma correta, pisos, paredes, portas, janelas entre outas.

O projeto acabou tendo uma aceitação ainda maior sendo que em seguida, contou a coordenadora, veio a procura pelos piscicultores. “Estamos realizando esse trabalho no momento. Basicamente é a mesma sequência, porém coletamos água de entrada nos tanques e a água de saída de cada tanque, e também da água que sai que teoricamente irá para tratamento biológico, porém muitas vezes é descartado direto em rios mangues, envolvendo a parte ambiental, coletamos também amostras dos pescados produzidos, tanque de depuração, processo inicial de filetagem, produto comercializado in natura e produto final congelado. Dá mesma forma fazemos todas as análises já citadas, e devolvemos os resultados para os produtores com orientações de melhorias que podem vir a serem feitas para melhorar a qualidade”.

Antonio Carlos Chidichima é professor e participou do projeto auxiliando na coleta das amostras. Ele considera importante a atividade, pois “o monitoramento serve para desenvolver e melhorar ações que possam contribuir para que se tenha água com qualidade assegurada nos mananciais”. Além do mais, na visão dele a contribuição da Unioeste é fundamental. “É papel da Universidade devolver os acadêmicos com pesquisas, ações informativas e exercitarem o cuidado da sociedade local. Esta preocupação deve existir sempre”, conclui.

Texto: Bruna Pasetto/Luis Gustavo

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