COMO SE RELACIONAR COM AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Imagem:www.defnet.org.br A partir da concepção de homem como ser social, que se constrói na relação com outros homens, fazse necessário pensar nas formas de relacionamento com as pessoas com deficiência como algo que deve ser perseguido e buscado incansavelmente, pois já não mais se pode prescindir da convivência/interação de todas as pessoas na amplitude da vida social. Isto não deve, jamais, ser objetivado como uma concessão às pessoas com deficiência, que agora, no século XXI, teriam o “privilégio” de “estarem jessa idéia de inclusão deve ser compreendhistóricas desse segmento social, discriminação, a diferenciação, a segregação. unto”atodasas demaispessoas,massim, idacomofrutodaslutasquenãomais toleraa As deficiências não são todas iguais, cada uma delas possui características e necessidades próprias, que podem ser resultantes de defeito orgânico e/ou da trajetória social de cada indivíduo. Também se faz necessário romper com a confusão entre deficiência e doença, pois a primeira é caracterizada como uma diferenciação nos aspectos físico, sensorial ou mental. Doença: alteração biológica do estado de saúde de um ser (homem, animal etc.), manifestada por um conjunto de sintomas perceptíveis ou não. Deficiência: toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere ide atividade, dentro do padrão considerado norman.º 3.298/99). ncapacidadeparaodesempenholparaoserhumano(Decreto Muitas pessoas "normais",quandoestãodiantedepessoascomdeficiência,ficam confusas,nãosabendoqualamelhorforma deproceder diantedelas. Issoé natural,poisqualquerpessoapodesentirsedesconfortáveldiantedo" diferente".Mas,por meiodaconvivência,essedesconfortodiminuiepodeatémesmodesaparecer. Fotodisponívelemwww.sentidos.com.br Quando alguém quiser alguma informação de uma pessoa com deficiência deve dirigirse diretamente a ela e não a seus acompanhantes ou intérpretes, pois ela, como quaisquer outras pessoas, pode e deve dialogar com as demais, nos diferentes espaços sociais. A maioria das pessoas com deficiência, não se constrange em responder perguntas a respeito de sua deficiência e sobre como ela consegue realizar determinadas tarefas. Mas devese evitar fazer perguntas muito íntimas. As pessoas com deficiência, assim como as demais pessoas, devido a sua trajetória social, podem apresentar dificuldades para realizar algumas atividades, embora possa apresentar extrema habilidade para outras. Portanto, ao se relacionar com uma pessoa com deficiência, respeite a sua diferença sem acentuála. Não fique lamentando sua deficiência, afirmando que sua vida é muito difícil, pois para uma boa parte delas, o defeito não se converteu em obstáculo intransponível. Lars Schmidt Grael, atual secretário de Estado da Juventude, Esporte e Lazer (SEJEL) do Governo do Estado de São Paul, bicampeão em iatismo, é um exemplo de determinação e coragem, principalmente quando se trata de superar obstáculos que lhe impeçam de chegar a seus objetivos. É dono de uma invejável carreira esportiva, que inclui medalhas e títulos nacionais e internacionais, há mais de 20 anos. Em 1998, sofreu um acidente e teve a perna amputada. Esse fator, porém, lhe limitou os movimentos mas não sua trajetória de campeão (Fonte: www.sentidos.com.br). Clodoaldo Silva, nadador, tem paralisia cerebral por falta de oxigênio durante o parto, o que afetou os movimentos de suas pernas e uma pequena falta de coordenação motora. Tem 26 anos e conheceu a natação como processo de reabilitação no ano de 1996, em Natal. Já em 98, ele participou de seu primeiro campeonato brasileiro, onde conquistou nada menos do que três medalhas de ouro. Para o futuro, o “Tubarão Paraolímpico” sonha em estudar psicologia e se especializar em psicologia do esporte. (Fonte: www.sentidos.com.br). "Vocênão imagina do queumaDulorenécapaz"(2001). Campanhaprotagonizadaporumatetraplégicavestindolingerieparamostrarquenãohálimitesparaabelezafeminina. AtetraplégicaMaraGabrilliprotagonizouacampanhadaDulorencriadaparahomenagearoDiaInternacionaldaMulher,em8demarço. Mara,tetraplégicaháseisanos,ficoufamosaporterposadonuaparaarevistaTrip,emnovembrodoanopassado(2000). Fonte:www.maragabrilli.com.br João Vitor, 19 anos, tem Síndrome de Down. O que não o impediu de, depois de seus dois primeiros anos de vida na Apae, estudar sempre em escolas regulares. Mariaté, Gente Alegre, Integral, escolas que tiveram João entre seus alunos. E que se adaptaram a ele, buscaram alternativas para potencializar seu aprendizado. (...) O Ensino Médio foi realizado através do programa CEEBJA (Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos), onde conviveu com pessoas com e sem dificuldades de aprendizagem, na mesma escola em que cursou o Fundamental. O resultado deste caminho acadêmico não deveria surpreender, deveria ser natural imaginar que ele mereceria passar no vestibular. Mas surpreende, emociona e confirma o potencial positivo das pessoas com Síndrome de Down: João Vitor Silvério passou no vestibular de Educação Física! (Universidade de Curitiba) Daniela Caburro é artista plástica desde 1995,  residente na cidade de São Carlos/SP onde pintou grande parte das suas obras e onde continua com seu trabalho. Por causa de suas limitações físicas, Daniela pinta com a boca... (Fonte: www.sentidos.com.br) Daniela usa um aparelho acrílico adaptado para manipular o pincel, projetado pela dentista (...). Antes ela pintava segurando diretamente nos dentes, o que, além de machucar a boca, começou a prejudicar a arcada dentária da artista. "Era terrível. Eu tinha que tomar até analgésico para passar a dor. Hoje posso desfrutar mais deste prazer que é pintar", diz (Fonte: www.sentidos.com.br). RicardoTadeuMarquesdaFonsecaProcuradornoMinistérioPúblicodoTrabalho'Perdiavisãoquandocursavaa faculdade, aos23anos.Emborativessevisãosubnormal,comeceia desenvolverummétodode leiturasóquandoadulto.Atéos20anososprofessoresescreviamcomletrasampliadas.Apartirdessaidade,elesdesenvolverama telelupa,uma espéciedeóculos,similaraslentesqueosourivesusampara examinarjóias,epudecomeçaraleroslivrosdiretamente,nosegundoanoda faculdade. Anteseraminhafamíliaemeusamigosquemliamparamim.Tivedificuldadedeme alfabetizar.Minhamãemealfabetizouescrevendoempapeldepãosobreamesa dacozinha. Asprofessorasdistribuíamtextosmimeografadosparaascriançaseparamimelastinhamdecopiaromesmotextocompincelatômiconumpapelcomletrasrandes'. (Fonte: www.sentidos.com.br). Não se deve tomar decisões sobre questões pertinentes às pessoas com deficiência, sem levar em consideração suas opiniões. Elas têm o direito, podem e devem tomar suas próprias decisões e assumir a responsabilidade por suas escolhas; elas são como todos nós: têm os mesmos direitos, deveres, sentimentos, receios e sonhos. Anderson Santana  Tem paralisia cerebral tetraplégico. Fotografar saltos de paraquedas é uma de suas paixões. Um dia, ele venceu o medo de altura e as limitações da deficiência física e resolveu experimentar o que registrava em imagens  Santana trabalha no departamento técnico da Claro,  empresa de telefonia celular, e faz planos de ingressar na faculdade de publicidade e propaganda. (Fonte: www.sentidos.com.br) “Sofri muito com preconceito. Primeiro, para entrar na escola. A diretoria não queria me aceitar, pois eles não poderiam dar atenção para um deficiente físico. Minha mãe conseguiu me colocar na escola só depois de brigar na delegacia de ensino. Comecei a estudar, mas alguns dos professores não me davam atenção e me colocava fora da sala de aula alegando que eu não estava conseguindo acompanhar o restante da turma. Mas eu estava muito bem e pegando todas as matérias. Mesmo assim a professora me colocava para fora da sala de aula. E eu não conseguia voltar, pois tinha dificuldade pra andar. Chegando em casa eu não falava pra minha mãe. Até que contaram para ela sobre isso e ela tomou uma atitude” (Anderson Santana – Revista Sentidos). A utilização da imagem das pessoas com deficiência como objeto de comoção social, infelizmente, é uma prática bastante presente, principalmente em entidades de cunho assistencial e filantrópico. Tal prática tem contribuído para o reforço de uma imagem estereotipada, onde as pessoas com deficiência, através da exposição pública de suas dificuldades ou qualidades, são colocadas em situações extremamente constrangedoras. Ao perceber que uma pessoa com deficiência está necessitando de apoio para a realização de alguma atividade e for possível auxiliála, ofereça ajuda, mas antes pergunte a forma mais adequada para fazêlo. No entanto, não se ofenda se seu oferecimento for recusado, pois nem sempre ela precisa de auxílio. Às vezes, uma determinada atividade pode ser melhor desenvolvida sem a mediação de outra pessoa. Imagem: www.unisc.br AcessibilidadenasinstituiçõeseducacionaisAoiniciaro períodoletivo,éaconselháveldesenvolveroficinassobre“Comoserelacionarcomaspessoascomdeficiência”,tantoparaosprofessores,comoparaosfuncionáriosealunos. Asdiscussõesnasoficinascontribuemparaquebrarasbarreirasatitudinaisexistentes,porfaltadeconhecimentoedemaiorconvivência. Oprofessordeveprocurarconversarcomoalunoeseusfamiliaresquandonecessário,conhecendo suatrajetóriasocialdevida,buscandocompreenderasnecessidadeseducacionaisespeciaisqueprecisamseratendidasparaefetivarseusestudos,evitandoprejuízostanto pelafaltadeparticipação,quantonaapropriaçãodoconhecimento. Os conteúdos a serem trabalhados com as pessoas com deficiência devem ser os mesmos trabalhados com os demais alunos. Às vezes pode haver diferenças quanto aos recursos didáticos a serem utilizados, pois há algumas especificidades próprias de cada área da deficiência. (EvilásioFonte: wwsiacerebralquepossuemboa Por exemplo: para alunos com paralicompreensão, porém não conseguem articular ou produzir fala, deverá ser providenciado recursos para comunicação alternativa. Éimportantelembrar queaescoladevepossuiracessibilidadearquitetônicaparaatenderaestealunado. Foto:CPA– Comissão Permanente deAcessibilidade – Cascavel/PR DEFICIÊNCIA FÍSICA Caracterização: A deficiência física deve ser entendida como sendo uma alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, podendo se apresentar da seguinte forma: Monoplegia, paralisia de um membro do corpo; Hemiplegia, paralisia da metade do corpo; Paraplegia, paralisia dos membros inferiores do corpo; Triplegia, paralisia de três membros do corpo; Tetraplegia, paralisia dos membros inferiores e superiores do corpo; Monoparesia, perda parcial de um membro do corpo; Hemiparesia, paralisia parcial da metade do corpo; Paraparesia, paralisia parcial dos membros inferiores do corpo; Triparesia, paralisia parcial de três membros do corpo; Tetraparesia, paralisia parcial dos membros inferiores e superiores do corpo; Amputação ou ausência de membros do corpo; Ostomia; Nanismo; Paralisia cerebral e membros com deformidade congênita ou adquirida. Paralisia Cerebral Resultado de um dano cerebral, que leva à inabilidade, dificuldade ou o descontrole de músculos e de certos movimentos do corpo. O termo Cerebral quer dizer que área atingida é o cérebro (sistema Nervoso Central S. N.C) e a palavra Paralisia referese ao resultado do dano ao S.N.C., com conseqüências afetando os músculos e sua coordenação motora. Estas lesões possuem diversas causas, freqüentemente devido à falta de oxigenação antes, durante ou logo após o parto, não existindo dois casos semelhantes, pois algumas crianças têm perturbações sutis, quase imperceptíveis, aparentando serem "desajeitadas" ao caminhar, falar ou usar as mãos, enquanto que as submetidas a lesões cerebrais mais graves, a exemplo de casos de anóxia neonatal, podem apresentar incapacidade motora acentuada, impossibilidade de falar, andar. As causas de Paralisia Cerebral são várias, mais freqüentemente encontramos: Problemas durante a gravidez: 60% dos casos Problemas durante e logo após o Parto: 30% dos casos Problemas do Nascimento até os 9 anos: 10% dos casos Dependendo da localização das lesões e áreas do cérebro que foram afetadas, as manifestações podem ser diferentes. As crianças com PC podem ter outros problemas, mas nem todos são relacionados com as lesões cerebrais: Epilepsia, Deficiência Mental, Deficiência Visual, Dificuldades de Aprendizagem, Dificuldades de Fala e Alimentação, dificuldades auditivas, déficits sensoriais, escoliose, contraturas musculares, problemas odontológicos, salivação incontrolável, etc...: Todos estes problemas podem surgir associados ou isoladamente na dependência direta do tipo de PC que a criança apresentar, já que seus déficits motores afetam sua psicomotricidade e seu comportamento emocional e social, que podem resultar num desenvolvimento global atrasado, que muitas vezes ainda é confundido com capacidade cognitiva pobre, gerando uma imagem preconceituosa sobre as capacidades e potencialidades para vida independente e autônoma das pessoas com Paralisia Cerebral.  (Fonte: Informações Paralisia Cerebral, disponível em www.defnet.org.br) ) Quandoserelacionarcompessoascomdeficiênciafísica,oprimeiroaspectoaserconsideradoéofatodequeelas nãosãosurdasnemcegas,enempossuemproblemasmentais.Suasdificuldadesespecíficasconsistemprincipalmentenasbarreirasarquitetônicas,asquaispodemserreferentesaconstruções eequipamentos. Fotos:CPA–ComissãoPermanentedeAcessibilidade–Cascavel/PR No relacionamento com usuário de cadeira de rodas, é importante adotar os seguintes cuidados: Não se apoiar na cadeira, pois ela é como se fosse a extensão do corpo daquela pessoa; Quando for conversar e a conversa for demorada, sentese para se colocar no mesmo nível da pessoa, evitando que ela tenha que ficar muito tempo com a cabeça numa posição desconfortável. Ao auxiliála a descer uma rampa ou degrau, ajudea Imagem: www.prodam.sp.gov.br a conduzir a cadeira na marcha a ré, evitando, dessa forma, que seu usuário caia. No caso das pessoas com paralisia cerebral, é importante não subestimar sua capacidade intelectual, pois apesar delas poderem apresentar dificuldades na fala, movimentos faciais involuntários e de apresentarem marcha difícil ou mesmo inexistente, em recebendo o apoio necessário, podem aprender e se desenvolver de forma satisfatória. Quando a pessoa for usuária de muletas ou de aparelhos nos membros inferiores, é importante observar alguns cuidados: ao acompanhar uma pessoa com muletas ou aparelhos, procure andar no ritmo dela; tome cuidado para não tropeçar em suas muletas; deixe as muletas sempre ao alcance das mãos de seu usuário. Se a pessoa apresentar dificuldade na fala e não for possível compreender imediatamente o que ela está dizendo, podese pedir para que repita o que disse. Quando possível, ela pode fazer uso da escrita manual ou via computador, para se fazer entender. Correr ou caminhar são palavras que podem ser utilizadas, os “cadeirantes” também as utilizam. Não estacione seu automóvel em frente às rampas ou em locais reservados às pessoas com deficiência, pois elas foram construídos para atender uma necessidade específica, como é o caso dos usuários de cadeira de rodas. Foto: CPA – Comissão Permanente de Acessibilidade – Cascavel/PR Aoconvidarumapessoacomdeficiênciafísicaparairaumrestaurante,aoteatro, alocaisamplos ondesãorealizadas reuniões, conferências,seminários, oumesmoaqualqueroutralocalidade,certifiquesedaacessibilidadearquitetônicadesses espaços, evitandoconstrangimentosparaapessoacomdeficiênciafísica. Imagem:journeyofawoundedsoul.blogspirit.com Acessibilidade em sala de aula aos alunos com deficiência física O professor de alunos com deficiências físicas mais acentuadas, que comprometem sua capacidade de comunicação, deve utilizar recursos tecnológicos como comunicação alternativa ou aumentativa/ampliada, tais como os softwares que permitem às pessoas com comprometimento motor mais grave, poderem utilizar o computador para se comunicar. As escolas devem assegurar rampas adequadas, telefones públicos, banheiros e bebedouros adaptados, sempre de acordo com as normas da ABNT vigentes. DEFICIÊNCIA VISUAL Caracterização: A deficiência visual referese a uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas, hereditárias ou adquiridas, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais.  No quadro das deficiências visuais estão incluídas a cegueira e a visão reduzida. A cegueira pode ser caracterizada pela impossibilidade da pessoa em perceber os estímulos visuais, no sentido de poder utilizálos nas tarefas do cotidiano. A visão reduzida referese a uma significativa perda da capacidade de ver, que exige algumas adaptações para que a pessoa possa utilizar seu resíduo visual para dar conta de algumas tarefas. Na relação com uma pessoa com deficiência visual, é importante romper com a tradicional idéia de que os cegos vivem na escuridão. Para os cegos congênitos, o claro e o escuro, bem como as demais cores só existem como instrumentos práticos, não fazendo parte de uma experiência individual. Já os que perdem a visão ao longo da vida, mesmo cegos, conseguem reter as imagens aprendidas nas experiências de outrora, articulandoas com as novas situações de sua vida e, dessa forma, mantendo a sua psiquê "iluminada". Além disto, é bom salientar que a maioria dos cegos possui percepção de luz, permitindolhe a distinção entre a claridade e a escuridão. . Ao se dirigir oralmente a uma pessoa cega, devese falar diretamente com ela em tom natural, pois a mesma não é surda. .Também é importante não modificar a voz ao cumprimentar uma pessoa cega, já que ela não é adivinha. .Quando ela encontrarse muito próxima de outras pessoas, devese iniciar o diálogo chamandoa pelo nome ou dandolhe um leve toque em seu ombro. .Isso se faz necessário, devido à impossibilidade de estabelecimento do contato visual. .Se ela estiver acompanhada, não se dirija a seu acompanhante para dialogar com ela ou saber sobre sua vida. Uma pessoa cega, ao contrário do que se imagina, pode possuir uma boa noção espacial, permitindolhe uma movimentação autônoma. Ao explicar localidades é bom orientálas por direito, esquerdo, leste, oeste, norte, sul. Um dos principais recursos para a vida mais independente do cego é a utilização da bengala longa, com a qual os cegos localizam os obstáculos existentes na sua trajetória. respeitar abengalacomosendoum Também é importante instrumento de uso pessoal e jamais ela deve ser retirada do controle de seu usuário. Ao encaminhar a pessoa cega para um carro, devese colocarlhe a mão na lateral ou maçaneta da porta e deixar que ela entre sozinha no automóvel. Quando for guiar uma pessoa cega, basta deixála segurar no braço (cotovelo) do guia e desenvolver a caminhada normalmente. Foto disponível em: www.ufmg.br Quando se tratar de um ônibus, não se deve ficar empurrandoa porta acima, bastando que o guia suba à frente, e ela o seguirá. Devese sinalizar antecipadamente, a existência de degraus, pisos escorregadios, buracos e obstáculos em geral durante o trajeto. www.prodam.sp.gov.br Imagem: www.prodam.sp.gov.br .Em espaços estreitos,por ondesóépossívelpassarumapessoa,oguiadevecolocar seubraçoparatrás,demodoqueapessoacegapossacontinuarseguindoocomsegurança. .Paraajudarumapessoacegaasentarse, deveseguiálaatéacadeiraecolocaramãodelasobreoencostodacadeira, informandoseestatem braços ounãoedeixarqueapessoasentesesozinha. .Aoapresentar umapessoacegaaalguém,devesefazêlonaposiçãocorreta, ouseja,umapessoadefrenteparaaoutra. .Aoencontrarseoudespedirsedeumapessoacega, devesefazêlodamesmaformautilizadacomasdemaispessoas. .Quandoalguémentrarnumrecintoondeseencontraumapessoacegasozinha,amesmadeveidentificarseparaqueelatomeconhecimentodesuapresença. .Aoseretirardesteambientedevesedarciênciaàpessoacega, paraqueelasaibaquenãoestámaisacompanhada. .Ocegonãotemdeficiênciafísica,portantonãoénecessárioficarsegurandooenemachando queelevaicairaqualquermomento. Elepodedispordeboadestrezafísica,nãoapresentandodificuldadesparasubiredescerescadas,parapermanecerempé, mesmodentrodeônibusemmovimentoenemparafazerlongascaminhadas. .Deveseficaràvontadeparausarpalavrascomo" veja"e"olhe". Aspessoascegasusamnascomnaturalidade. AcessibilidadeemsaladeaulaaosalunoscegosecomvisãoreduzidaBoapartedos encaminhamentosdidáticoscomosalunoscegosoucomvisãoreduzidasãoiguaisaosutilizadoscomosdemaisalunos. Porém,certosprocedimentosdevempassar poralgumasadaptaçõesparaatenderasnecessidadesdeaprendizagem destes alunos. Opontodepartidadeveser dialogarcomoalunonoiníciodoanoletivo,buscandoconhecerquem éoalunoquepossuiestadeficiência,destaformainiciandoaidentificaçãodosrecursoseducativosespecíficosqueelenecessita. Os alunos cegos ou com visão reduzida, necessitam de material didático adequado a suas necessidades para efetuar seus estudos, como livros e textos em braile, livros e textos ampliados, gravados ou digitalizados, para serem lidos via computador; e equipamentos como máquina de datilografia braille, regletes, punções, etc. Nas aulas deverão ser evitados termos como "isto" ou "aquilo", “aqui” ou “ali” etc., uma vez que em certas situações eles podem não ter significado para um estudante cego e de visão reduzida. Logo, quando o professor estiver trabalhando com tabelas, gráficos, mapas, desenhos, etc., deve sempre referirse ao termo correto, ou seja, deve ser direto indicando ano, coluna, nome da localidade e o tipo do objeto. Dessa forma o aluno não terá dificuldade para acompanhar a explicação do conteúdo. Aoutilizaroquadro,oprofessordeveleremvozaltaoqueescreve, paraqueoalunopossafazersuasanotaçõespormeiodamáquinadedatilografiaBraille,dareglete,deformaampliadaougravada. Lupademão Quandoutilizartransparências,oprofessordeve,comantecedência,entregarumacópiaembrailleounaformaampliada. Nocasodeoalunoterdisponívelumcomputadorparafazeraleitura,omaterialpoderáserentreguedigitalizadoemdisquete.   Seestascondiçõesnãopuderemser atendidas,oeducadordeve,duranteaapresentaçãodatransparência,identificare lerseu conteúdo. . Na utilização de recursos audiovisuais, devese descrever as imagens, de modo que tenham significado e sentido para o aluno cego ou com visão reduzida, contribuindo para a compreensão do conteúdo trabalhado, buscando assim, garantir os objetivos propostos. .Como já foi afirmado, boa parte dos cegos tem memória visual o que facilita o trabalho com imagens. .No caso de cegueira congênita, o professor deve, antes de trabalhar com imagens, saber se as mesmas já fazem parte do imaginário do educando. .Quando não fizerem, devese buscar mecanismos de similaridade usando características conceituais do que se quer explicar e que envolvam as demais percepções como o tato, a audição, o olfato e a cinestesia. . Quantoaoalunocomvisãoreduzida,deveseverificarqualamelhorposiçãoparaelesesentar nasaladeaula. .Estadefiniçãodeveresultardeumacordodefinidoapartir daidentificaçãodamelhorposiçãofeitapelopróprioeducando. .Tambéméimportanteficaratendoàutilizaçãodegiz,pincéis, etc.,os quais devem possibilitar umcontrastequeatendaasnecessidadesdoalunocomresíduovisual. .Dessaforma,oalunoquepossuiresíduovisualsuficienteparaenxergar noquadro,deveráterasseguradasascondiçõesadequadasparafazer cópiadoquadro.